terça-feira, 24 de junho de 2025

Efeméride de 24 de Junho e 1128 - Batalha de São Mamede 

Após a morte de Dom Henrique (Dijon, França 1066-Astoga, Espanha 1112) em 1112, fica Dona Teresa a governar o condado, pois achava que este lhe pertencia por direito, mais do que a outrem, já que lhe tinha sido dado por seu pai (Teresa de Leão nasceu em 1080 filha de uma relação entre Afonso VI, Rei de Leão e Castela, e Ximena Moniz, uma nobre castelhana que frequentava a corte e os aposentos do monarca na altura do casamento). Associou ao governo o conde galego Bermudo Peres de Trava e o seu irmão Fernão Peres de Trava. Terá até talvez casado em segundas núpcias com Bermudo, do qual terá tido uma filha.

Hoje é dia de São João Baptista. Comemora-se ainda o aniversário do nascimento de Nuno Álvares Pereira, agora São Nuno de Santa Maria. Mas há uma outra efeméride deste dia, até mais esquecida que as anteriormente referidas, contudo absolutamente decisiva para toda a História de Portugal.

Corria o ano de 1128. A 24 de Junho daquele ano, faz hoje justamente 897 anos, travava-se a Batalha de São Mamede entre Dom Afonso Henriques e a sua mãe Dona Teresa. Nesta defrontam-se realmente os exércitos do conde Fernão Peres de Trava e o dos barões portucalenses. Estes últimos quando venceram Fernão Peres pretendiam apenas obrigá-lo a ceder o governo do condado portucalense ao príncipe herdeiro. Tendo o primeiro rei de Portugal vencido esta contenda, era dado início ao processo que viria a garantir a independência do Condado Portucalense face ao Reino de Leão. Era – tão-somente – o início de Portugal.

Foi, portanto, em Junho, precisamente no dia 24 de Junho, que, perto do castelo de Guimarães, ocorreu a primeira grande peleja liderada por Afonso Henriques, a batalha de S. Mamede. Porque foi travada contra a sua mãe e seus aliados e porque, como acabámos de referir, alicerçou todo o processo de independência do Condado Portucalense relativamente ao Reino de Leão, acabou por se tornar num dos mais conhecidos e comentados confrontos da nossa história.

Desde 1112, ano da morte do seu esposo, Dona Teresa detinha o governo do condado Portucalense tendo a seu lado fidalgos castelhanos, nomeadamente Fernão Peres de Trava, com quem, pensa-se, terá mantido, inclusive, uma relação marital.

Já desde 1127, o infante Afonso Henriques mantinha discórdias importantes com sua mãe. Não foi, pois, por acaso que tenha tentado a todo o custo apoderar-se do governo do Condado.

As tropas do infante e dos barões portucalenses enfrentaram as de Fernão Peres de Trava e dos seus partidários portugueses e fidalgos galegos no dia de São João Baptista do já referido ano de 1128.

Como a vitória foi para Dom Afonso Henriques, o cronista do mosteiro de Santa Cruz aproveitou a coincidência da data da batalha com a festa religiosa para exaltar o acontecimento, conseguindo colocá-lo ao nível das intervenções divinas. São João tinha sido o anunciador de Jesus Cristo. Como a batalha se deu na data em que se venera esse santo e a vitória ter sorrido a Dom Afonso Henriques, tal facto constitui, segundo aquele cronista, a verdadeira prova de que o infante era, também ele, o anunciador do aparecimento de um novo reinado.

A Batalha de São Mamede foi absolutamente decisiva para a história da nossa nação. Basta lembrar que com ela mudaram os detentores do poder no condado, com expulsão de Dona Teresa.

Para alguns teria sido enclausurada pelo filho Dom Afonso Henriques no Castelo de Lanhoso, onde viria a falecer em 1130. No entanto, há quem defenda que após a derrota de São Mamede, Dona Teresa, acompanhada pelo conde galego Fernão Peres, terá fugido para a Galiza, onde se exilou e onde acabaria por falecer em 1130.

Este grande acontecimento vai mudar ainda as relações das forças sociais para com o próprio poder. Os barões portucalenses, ao escolherem Dom Afonso Henriques para seu chefe, recusavam-se a aceitar a política da alta nobreza galega e do arcebispo de Compostela Dom Diego Gelmirez. Desta forma, estavam basicamente a inviabilizar um reino que englobasse Portugal e a Galiza. Desencadearam então uma forte corrente independentista capaz de subsistir por si só e capaz de resistir a todas as tentativas posteriores de reabsorção.

Afonso VII de Leão, ocupado com as vicissitudes da política leonesa, não atribui importância a esta mudança de poder no condado, e limita-se a aceitar o preito de fidelidade de Dom Afonso Henriques em 1137, tratado de Zamora a 5 de Outubro). Porque isso contribuía para engrandecer o prestígio do imperador Afonso VII, a chancelaria leonesa não hesita em atribuir o título de rei ao príncipe português. Podia assim Afonso VII afirmar a sua condição de imperador, o qual tem reis por vassalos.

Entre os principais barões portucalenses que participaram na batalha de São Mamede ao lado de D. Afonso Henriques, estão Soeiro Mendes de Sousa «O Grosso» (1121-1137), Gonçalo Mendes de Sousa «Sousão» (1154-1167), Egas Moniz de Ribadouro «O Aio» (1108-1146), Gonçalo Mendes da Maia «O Lidador» e outros.

A localização exacta do campo de batalha é ainda nos dias de hoje pouco precisa. Sabe-se, no entanto, e isso é ponto assente, que a refrega se deu perto de Guimarães, o que releva para a evocação daquela cidade como o berço de Portugal.

 








Efemérde de Dezembro de 1940 - A Exposição do Mundo Português  

A Exposição do Mundo Português  (23 de Junho — 2 de Dezembro de 1940) foi uma exposição realizada em Lisboa em 1940.

Historicamente coincidente com o primeiro ano da Segunda Guerra Mundial, teve o propósito de comemorar a data da Fundação do Estado Português (1140) e da Restauração da Independência (1640), mas, também (e esse seria o objetivo primordial), de celebrar o Estado Novo, então em fase de consolidação. Foi a maior exposição do seu género realizada no país até à Expo 98  (1998).

Génese

A ideia de celebrar o duplo centenário da Fundação e da Restauração da nacionalidade (1140 e 1640) que esteve na origem da Exposição do Mundo Português foi lançada em 1929 pelo embaixador Alberto de Oliveira; seria assumida em Março de 1938 por Salazar através de uma Nota Oficiosa da Presidência do Conselho onde se fixava, com alguma minúcia, o programa das comemorações. A exposição surgiu na sequência da participação portuguesa nas grandes Exposições Internacionais de Paris (1937), Nova Iorque e S. Francisco (1939).

A mostra teve lugar num período de consolidação do Estado Novo, assumindo então, no que respeita aos recursos materiais e humanos, uma dimensão inédita, tornando-se no acontecimento político-cultural mais marcante do Regime

A opção estética adotada nas comemorações provocou críticas violentas por parte dos artistas académicos, liderados pelo Coronel Arnaldo Ressano Garcia  (presidente da Sociedade Nacional de Belas-Artes), e que ficariam maioritariamente à margem do evento.

 Acontecimento nacional, prolongado em congressos, cerimónias e espectáculos vários, a exposição incluiu pavilhões temáticos relacionados com a história de Portugal, suas actividades económicas, cultura, regiões e territórios ultramarinos, e o pavilhão do Brasil  (o único país estrangeiro presente).

A exposição foi visitada por cerca de 3 milhões de pessoas. A maioria foram portugueses, mas por lá passaram também muitos estrangeiros, sendo um grande número deles refugiados de guerra.

A quase totalidade das construções e monumentos erigidos para a exposição foram demolidos após o seu encerramento em Dezembro de 1940. Nos dias de hoje sobrevivem o edifício do Museu de Arte Popular e a Praça do Império. O Padrão dos Descobrimentos, em honra do Infante Dom Henrique, também nasceu nessa época, mas como uma construção efémera. Desmontado em 1958 seria reconstruído, já em betão e pedra, dois anos depois, por altura da evocação dos 500 anos da morte do Infante.

Referências:

1.     A.A.V.V. – Os anos 40 na Arte Portuguesa (tomo 1). Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian, 1982, p. 54-63.

2.     História de Arte em Portugal: o modernismo. Lisboa: Editorial Presença, 2004, p. 81-85

3.     Fernandes, José Manuel – Português Suave: Arquiteturas do Estado Novo. Lisboa: IPPAR, Departamento de Estudos, 2003




domingo, 22 de junho de 2025

Um pequeno contributo para o conhecimento geral para o hoje tão falado Estreito de Ormuz.

A importância do estreito de Ormuz na presença dos portugueses no Oriente.

Afonso de Albuquerque desempenhou um papel crucial no controlo do Estreito de Ormuz, uma passagem estratégica para o comércio no Oceano Índico. Em 1507, Albuquerque conquistou temporariamente Ormuz, mas foi forçado a recuar devido a uma revolta. Em 1515, regressou e estabeleceu o domínio português sobre a região, fortificando a cidade, acabando então a construção do forte de Nossa Senhora da Conceição. e impondo suserania sobre o reino de Ormuz, subordinado ao Estado Português da Índia. 

Porque foi tão importante o Estreito de Ormuz para a estratégica de Portugal no Oriente?

O Estreito de Ormuz, com 60 km de largura, liga o Golfo Pérsico ao Oceano Índico, sendo uma rota vital para o comércio de especiarias e outras mercadorias exóticas entre a Ásia e a Europa. 

A conquista de Ormuz permitiu aos portugueses controlar uma das principais vias marítimas do Índico, minando o comércio muçulmano e fortalecendo a posição portuguesa na região. 

A cidade de Ormuz era um importante entreposto comercial, por onde passavam caravanas de Baçorá e Alepo com destino ao Mediterrâneo e à Europa. 

A conquista de Ormuz por Afonso de Albuquerque: Em 1507, Albuquerque liderou uma expedição que conquistou Ormuz, mas a revolta dos seus capitães obrigou-o a abandonar a cidade. 

Em 1515, Albuquerque retornou com uma frota maior e reconquistou Ormuz, fortificando-a e estabelecendo a suserania portuguesa. 

A conquista de Ormuz foi um dos principais feitos de Albuquerque na sua estratégia de expansão no Índico, visando o controle das principais rotas comerciais. 

Consequências: A conquista de Ormuz solidificou a presença portuguesa no Golfo Pérsico e no Oceano Índico, permitindo aos portugueses controlar o acesso a importantes rotas comerciais. 

A estratégia de Albuquerque, que incluía a construção de fortalezas e o estabelecimento de relações de suserania, foi fundamental para a consolidação do Império Português na Ásia. 

Apesar do domínio português, Ormuz viria a ser tomada por forças persas a

liadas aos ingleses em 1622, marcando o fim da presença portuguesa na cidade. 

Por ela eram escoados os gêneros exóticos transportados pelas caravanas de Baçorá ou Alepo rumo ao mar Mediterrâneo, por onde alcançavam o Ocidente.





quarta-feira, 11 de junho de 2025

 Efeméride de 11 de Junho – Morre Dom João III

Neste dia, em 1557, morre o 15º rei de Portugal Dom João III, O Piedoso, sucede-lhe, seu neto, Dom Sebastião I

 Dom João III, apelidado de "o Piedoso" e "o Colonizador", foi o Rei de Portugal e Algarves de 1521 até sua morte, 11 de Junho de 1557. Era o filho mais velho do rei Dom Manuel I e sua segunda esposa a infanta Maria de Aragão e Castela, tendo ascendido ao trono apenas com dezanove anos de idade.

Teve como mestres algumas figuras notáveis da época, como o humanista Luís Teixeira e o médico Tomás de Torres. A partir de 1514, Dom Manuel começa a introduzi-lo nas matérias do governo e, em 1517, preparava-se o seu casamento com Dona Leonor, irmã de Carlos V. É, porém, Dom Manuel que vem a casar com ela, em virtude da morte da rainha Dona Maria. Com dezanove anos é aclamado rei e mais tarde casa com a irmã de Dona Leonor, Dona Catarina de Áustria.

O governo de Dom João III pode compreender-se à luz de uma vasta política nacional e ultramarina, de que assinalamos os marcos essenciais:

1) Política ultramarina: O vasto império herdado pelo monarca e que se estendia por três continentes, impunha difíceis problemas de administração à distância. No Oriente, após uns primeiros anos de continuação de conquistas, as dificuldades começaram a surgir. Turcos e Árabes ofereciam uma resistência cada vez maior ao monopólio dos Portugueses e os ataques às nossas forças sucediam-se. Em África, as guarnições dos nossos castelos de Marrocos não conheciam vida calma. Homens e armas eram enviados com frequência, como reforço, ocasionando uma despesa enorme sem proveito correspondente, o que em breve se tornou insustentável. Abandonou-se Safim, Azamor, Alcácer Ceguer e Arzila. Como compensação das dificuldades no Oriente e revezes em África, voltou-se Dom João III para o Brasil, realizando a primeira tentativa de povoamento e valorização daquele território, primeiro com o sistema de capitanias e depois instituindo um Governo-geral, sendo Tomé de Sousa primeiro Governador-geral.

2) Relações externas: Em nenhum outro reinado da 2.ª dinastia manteve Portugal uma tão grande actividade diplomática, como no de Dom João III, e com a Espanha, de uma maneira intensa. Com a França, de maneira bastante delicada, devido à guerra de corso movida pelos marinheiros franceses aos navios mercantes de Portugal e consequentes represálias por parte da nossa marinha de guerra. Com a Santa Sé, orientando-se no fortalecimento de relações, conseguindo Dom João III o estabelecimento do tribunal da Inquisição em Portugal e aderindo os bispos portugueses ao espírito da Contra Reforma. Mais dentro do campo económico, são de pôr em realce as relações estabelecidas com os países do Báltico e a Polónia, através da feitoria de Antuérpia.

3) Política interna: A linha absolutista acentua-se nitidamente com Dom João III. Este governa apenas com o auxílio do secretário de Estado, António Carneiro e seus dois filhos Francisco e Pêro de Alcáçova Carneiro. A máquina administrativa foi-se estruturando com centenas de regimentos, alvarás e cartas. Todavia, o seu reinado conheceu gravíssimas crises económicas e recorreu-se aos empréstimos externos. Fomes, epidemias e sismos fizeram também a sua aparição frequente.

4) Política cultural: A protecção à cultura foi uma dominante deste monarca. À sombra da corte viveram homens como Gil Vicente, Garcia de Resende, Damião de Góis. A esta época estão ainda ligados nomes como os de Sá de Miranda, Bernadim Ribeiro, André Resende, Diogo de Teive, Pedro Nunes, Camões, João de Castro, João de Ruão e outros ainda. É feita uma reforma da Universidade portuguesa e cria-se um Colégio das Artes.

5) Sucessão ao trono: Apesar da numerosa prole nascida do casamento régio, é o único neto do tronco varonil, Dom Sebastião, que irá suceder a D. João III. A morte tinha ceifado todos os filhos do monarca.

6) A figura: D. João III tem merecido juízos discordantes na sua acção governativa. Para alguns foi um fanático, para outros um hábil monarca. É certo que recebeu o império no seu apogeu e o deixou no descalabro, mas para além da sua acção pessoal que não foi brilhante, havia outras causas mais profundas que, de qualquer maneira, produziriam os mesmos efeitos.

Dom João III nasceu em Lisboa, a 6 de Junho de 1502 e faleceu na mesma cidade, a 11 de Junho de 1557, tendo sido sepultado no mosteiro de Belém. Casou em 1525 com a infanta Dona Catarina (n. em Torquemada, a 14 de Janeiro de 1507; f. em Xabregas, a 12 de Fevereiro de 1578; sepultada no Mosteiro dos Jerónimos), filha de Joana, a Louca, e de Filipe, o Belo, portanto irmã de Dona Leonor, terceira esposa de Dom Manuel.



terça-feira, 10 de junho de 2025

 Efeméride de 10 de junho – Dia de Portugal de Camões[i] e das Comunidades Portuguesas

O Dia de Portugal, de Camões[ii] e das Comunidades Portuguesas celebra a data de 10 de Junho de 1580, data da morte de Camões, sendo também este o dia dedicado ao Anjo Custódio de Portugal[iii]. Este é também o dia da Língua Portuguesa, dos cidadãos e das Forças Armadas.

O Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas é celebrado anualmente a 10 de junho, data da morte do poeta Luís de Camões. Este dia presta homenagem a Portugal, aos portugueses, à cultura lusófona e à presença portuguesa por todo o mundo.

O 10 de junho começou por ser um feriado municipal em Lisboa, dedicado a Camões, elevado pelo Estado Novo a feriado nacional, como o «Dia de Camões, de Portugal e da Raça». Com o 25 de abril, este dia passou a ser designado como Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portugueses.

Para este ano o Presidente da República designou a cidade de Lagos como sede das comemorações, em 2025, do Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas, estendendo-se as celebrações à comunidade portuguesa em Macau.

As cerimónias, de cariz público, constituem uma oportunidade de assistir ao desfile das forças armadas, em terra e no mar, à exposição dos meios militares, às bandas e orquestra militares e civil e, ainda, à atuação da charanga a cavalo da GNR, a única no mundo que executa trechos musicais nos três andamentos, a passo, a trote e a galope.

Porquê a designação “Dia de Portugal”

 Durante o regime ditatorial do Estado Novo de 1933 até à Revolução dos Cravos de 25 de Abril de 1974, o dia 10 de Junho era celebrado como o “Dia da Raça: a raça portuguesa ou os portugueses”. Foi aproveitado para exacerbar as características nacionais.

 Como Camões foi uma figura emblemática, associada aos Descobrimentos, foi usado como forma do regime celebrar os territórios coloniais e o sentimento de pertença a uma grande nação espalhada pelo mundo, com uma raça e língua comum.

 O 10 de Junho começou por ser apenas um feriado municipal para passar a ser particularmente exaltado com o Estado Novo. Foi a partir desse período que o dia de Camões passou a ser festejado a nível nacional.

 Até ao 25 de Abril, o 10 de Junho era conhecido como o Dia de Camões, de Portugal e da Raça, este último epíteto criado por Salazar na inauguração do Estádio Nacional do Jamor em 1944. A partir de 1978 este dia fica designado como Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas.

 Neste dia o Presidente da República e individualidades do Estado participam em cerimónias de comemorações do Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas, que decorrem em cidades diferentes todos os anos, com muitas atividades, como desfiles e demonstrações militares.

 Anualmente são distinguidas novas individualidades pelo seu trabalho em nome da nação. 



[i] Luís de Camões (1524-1580) foi um poeta português. Autor do poema Os Lusíadas, uma das obras mais importantes da literatura portuguesa, que celebra os feitos marítimos e guerreiros de Portugal. É o maior representante do Classicismo Português.

Camões é um poeta clássico e popular. É o poeta erudito do Renascimento, mas as vezes, se inspira em canções ou trovas e escreve poesias que lembram as velhas cantigas medievais.

 [ii] Luís de Camões (1524-1580) foi um poeta português. Autor do poema Os Lusíadas, uma das obras mais importantes da literatura portuguesa, que celebra os feitos marítimos e guerreiros de Portugal. É o maior representante do Classicismo Português.

Camões é um poeta clássico e popular. É o poeta erudito do Renascimento, mas as vezes, se inspira em canções ou trovas e escreve poesias que lembram as velhas cantigas medievais.

 [iii] O Anjo Custódio de Portugal, também conhecido como Anjo de Portugal ou Santo Anjo da Guarda de Portugal, é uma figura celestial que se acredita proteger a nação portuguesa. Acredita-se que esta figura esteja ligada à vitória de D. Afonso Henriques na Batalha de Ourique, onde teria recebido uma visão de Cristo e anjos que o inspiraram na batalha. 



domingo, 8 de junho de 2025

Efeméride de 8 de Junho – Batalha do Ameixial (Guerra da Restauração)

Nos sessenta anos que decorreram de 1580 a 1640, o governo dos Filipes foi progressivamente sendo considerado como um período de reis estranhos.

Este sentimento acentuou-se a partir de 1621 com o reinado de Filipe III, face ao aumento verificado nos impostos e ao recrutamento de militares portugueses para servirem com o exército espanhol, nomeadamente na guerra da Catalunha.

A população portuguesa tinha também, e com fundamento, a percepção de que o referido aumento de impostos não se destinava a melhorar as condições de vida em Portugal, mas sim a financiar projectos espanhóis, nomeadamente as campanhas militares na Europa e a sua expansão ultramarina.

Em face desta situação, o descontentamento em Portugal foi alastrando. Tendo a nobreza mais importante e de maior destaque sido o motor da Restauração. Esta eclodiu em 1 de Dezembro de 1640, tendo de imediato aderido a esta acção outros e variados estratos sociais, do alto clero às gentes mais humildes.

Esta adesão colectiva do povo português explica os sacrifícios humanos e materiais demonstrados nos anos seguintes na resistência militar, ao longo das fronteiras e no território ultramarino.

Os confrontos militares começaram em 1641, com escaramuças no Alto Minho, Beira Alta e sobretudo no sotavento Algarvio e no Alentejo.

 

De vitória em vitória chegou-se ao dia, 8 de Junho de 1663, Faz hoje precisamente 362 anos, onde os portugueses alcançaram mais uma vitória na Guerra da Restauração[i] contra os espanhóis. A batalha do Ameixial.

 

A Batalha do Ameixial foi travada, em Santa Vitória do Ameixial, Estremoz, a 8 de Junho de 1663, entre o exército espanhol e o exército português.

O exército espanhol, comandado por Dom João José de Áustria, invadiu Portugal saindo de Badajoz e pôs cerco a Évora que se rendeu. Era composto por 26,000 homens e pretendia dirigir-se depois a Alcácer do Sal para dividir Portugal em dois e alcançar a sua capital Lisboa.

Ficou livre apenas a estrada de Santiago do Cacém-Melides-Comporta, para comunicação do Baixo Alentejo e Algarve com o resto do país.

No entanto, na retaguarda do exército espanhol mantinha-se o português, sob o comando de Dom Sancho Manoel Conde de Vila Flor, auxiliado pelas preciosas ajudas do Conde de Schomberg e o Conde da Ericeira, entre outros oficiais superiores.

Os dois exércitos encontraram-se em 8 de Junho nos campos de Ameixial a 5 km de Estremoz. Derrotados, os espanhóis retiraram-se para Arronches e depois para Badajoz. Assim, graças à vitória desta batalha, terminou um dos mais perigosos ataques espanhóis da Guerra da Restauração.

Após a Vitória foi erguido na Estrada do Cano um padrão comemorativo, o qual foi transferido para a E. N. 245, entre o final do século XIX e o início do século XX.



[i] As batalhas entre os reinos de Espanha e Portugal que foram travadas entre os anos de 1640 e 1668 ficaram conhecidas como Guerra da Restauração. Pelo lado da Espanha, somente a região da Catalunha não participou dos confrontos. Tais conflitos tiveram origem através de um golpe de Estado da Restauração da Independência, que acabou com a monarquia da Dinastia Filipina (1580). As guerras terminaram a partir do acordo entre Carlos II de Espanha e Afonso VI de Portugal, o chamado de Tratado de Lisboa. Desta forma, Portugal teve sua independência reconhecida pela Espanha.





 Efeméride de 8 de junho - Dia Mundial dos Oceanos

O Dia Mundial dos Oceanos é celebrado em 8 de junho. Esta data foi decretada pela Assembleia Geral das Nações Unidas em 2008, embora tenha sido comemorada em diversos países desde 1992, após a Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente e o Desenvolvimento realizada no Rio de Janeiro.

Comemorado por muitos países desde 1992, na sequência da sua declaração em evento paralelo à Conferência das Nações Unidas realizada no Rio de Janeiro, só em 2008 o dia 8 de junho foi oficialmente declarado pela Assembleia Geral das Nações Unidas, Dia Mundial dos Oceanos. A primeira celebração ocorreu em 2009.

Esta comemoração pretende chamar a atenção para os benefícios que a humanidade retira do oceano e para a necessidade e o dever, individual e coletivo, de utilizar os seus recursos de forma sustentável sendo diversos os eventos e as entidades envolvidas que, em todo o mundo, assinalarão a data.

 Anualmente, as Nações Unidas escolhem um tema para o Dia Mundial dos Oceanos, envolvendo a comunidade mundial à volta de tópicos chave sobre o oceano. “Wonder: Sustaining What Sustains Us”, foi o tema escolhido para 2025.

A 8 de junho de 2025, o Dia Mundial dos Oceanos será celebrado em Nice, cidade que acolhe a 3ª Conferência do Oceano das Nações Unidas (UNOCIII), coorganizada pelos Governos da França e da Costa Rica, e que decorrerá entre os dias 9 e 13 de junho, tendo como objectivos:

1.     Sensibilizar para as ameaças que os oceanos enfrentam, como as alterações climáticas e a perda de biodiversidade.

2.     Promover ações concretas de proteção e recuperação dos ecossistemas marinhos.

3.     Incentivar o envolvimento da juventude, comunidades locais e líderes políticos e empresariais.

4.     ​Reforçar o compromisso global por um oceano saudável e um clima estável.