quinta-feira, 30 de junho de 2016

Efeméride 30 de Junho - 105 Anos da Bandeira Nacional

Efemérides - Dia 30 de Junho
Bandeira de Portugal aprovada pela Assembleia Nacional Constituinte de 1911


Faz hoje 105 anos que a actual bandeira nacional foi adoptada.
Bandeira de Portugal é a bandeira nacional da República Portuguesa. É um bicolor rectangular com um campo desigual dividido em verde na tralha, e vermelho na batente. O brasão de armas (a Esfera armilar e o Escudo português) está centrado sobre o limite das cores da bandeira, a uma distância igual das bordas superior e inferior.
O modelo da actual bandeira foi aprovado por decreto no. 141 da Assembleia Nacional Constituinte de 19 de Junho de 1911, após ser seleccionado, entre várias propostas, por uma comissão cujos membros incluíam Columbano Bordalo Pinheiro, João Chagas e Abel Botelho , sendo as suas dimensões e descrição mais pormenorizada, definidas pelo decreto de 30 de Junho de 1911.
A 30 de Junho de 1911, menos de um ano após a queda da monarquia constitucional, este projecto foi oficialmente adotado para a nova bandeira nacional, após ser seleccionado, entre várias propostas, por uma comissão cujos membros incluíam Columbano Bordalo Pinheiro, João Chagas e Abel Botelho.

A conjugação do novo domínio de cores, especialmente o uso do verde, não era tradicional na composição da Bandeira Nacional Portuguesa e representou uma mudança radical de inspiração republicana, que rompeu o vínculo com a bandeira monárquica religiosa. Desde da tentativa frustrada de insurreição republicana a 31 de Janeiro de 1891, o vermelho e o verde tinham sido estabelecidos como as cores do Partido Republicano Português e seus movimentos associados, cuja importância política continuou crescendo até atingir um período de auge na sequência da revolução republicana de 5 de Outubro de 1910.
Nas décadas seguintes, essas cores foram popularmente propagandeadas como representação da esperança da nação (verde) e sangue (vermelho) daqueles que morreram defendendo-a, de maneira a dotá-la de uma forma mais patriótica e digna, portanto, menos política e sentimental.
O design da bandeira actual representa uma mudança dramática na evolução da norma portuguesa, que foi sempre intimamente associada com as armas reais. Desde a fundação do país, a bandeira nacional evoluiu da cruz azul sobre fundo branco de Dom Afonso Henriques ao brasão de armas da monarquia liberal sobre um rectângulo azul-e-branco. Entre estes, grandes mudanças associadas a determinantes eventos políticos contribuíram para sua evolução ao design actual.

Respeito devido à Bandeira Nacional.
O artigo 332.º do Código Penal diz que quem “publicamente, por palavras, gestos ou divulgação de escrito, ou por outro meio de comunicação com o público”, ultrajar a bandeira ou “faltar ao respeito” que lhe é devido, é punido com pena de prisão até dois anos ou com pena de multa até 240 dias.


Fonte - Wikipédia



quarta-feira, 29 de junho de 2016

Efeméride de 29 de Junho – O apóstolo Pedro, o primeiro Bispo de Roma

Efeméride de 29 de Junho – O apóstolo Pedro, o primeiro Bispo de Roma

São Pedro ou São Pedro Apóstolo,

De seu nome Pedro - Petros, "Rocha", segundo a interpretação católica e ortodoxa,  
(Betsaida, século I a.C., — Roma, cerca de 67 d.C.)  foi um dos doze apóstolos de Jesus Cristo, segundo o Novo Testamento e, mais especificamente, os quatro Evangelhos.
A Igreja Católica considera Pedro como o primeiro bispo de Roma e, por isso, o seu primeiro papa.
Segundo a Bíblia, seu nome original não era Pedro, mas sim Simão. Aparece ainda uma variante do seu nome original, Simão Pedro, no livro dos Atos dos Apóstolos (Atos 10:18) e na II Epístola de Pedro (II Pedro 1:1).
No Evangelho de João (João 1:42), Jesus ter lhe à mudado o nome para Pedro.
Antes de se tornar um dos doze discípulos de Cristo, Simão era pescador. Teria nascido em Betsaida e morava em Cafarnaum. Era filho de um homem chamado João ou Jonas e tinha por irmão o também apóstolo André. Simão e André eram "empresários" da pesca e tinham sua própria frota de barcos, em sociedade com Tiago, João e o pai destes, Zebedeu.
Parece que Pedro era casado e tinha pelo menos um filho.  A sua mulher era de uma família rica e moravam em casa própria, semelhante a uma vila romana na cidade de Cafarnaum.
Segundo Lucas 5:1-11, no episódio conhecido como "Pesca milagrosa", Pedro teria conhecido Jesus quando este lhe pediu que utilizasse um dos seus barcos, de forma a poder pregar a uma multidão que o queria ouvir. Pedro, que estava a lavar redes com Tiago e João, seus sócios e filhos de Zebedeu, anuiu, afastando o barco um pouco da margem.
No final da pregação, Jesus disse a Simão que fosse pescar de novo com as redes em águas mais profundas. Pedro disse-lhe que tentara em vão pescar durante toda a noite e nada conseguira mas, em atenção ao seu pedido, fá-lo-ia. O resultado foi uma pescaria de tal monta que as redes iam rebentando, sendo necessária a ajuda da barca dos seus dois sócios, que também quase se afundava puxando os peixes. Numa atitude de humildade e espanto Pedro ajoelhou-se perante Jesus e disse para que se afastasse dele, já que era um pecador. Jesus encorajou-o, então, a segui-lo, dizendo que o tornaria "pescador de homens".
 Nos evangelhos sinóticos, o nome de Pedro sempre encabeça a lista dos discípulos de Jesus, o que na interpretação da Igreja Católica Romana deixa transparecer um lugar de primazia sobre o Colégio Apostólico. Não se descarta que Pedro, assim como seu irmão André, antes de seguir Jesus, tenha sido discípulo de João Batista.
Segundo a tradição defendida pela Igreja Católica Romana e pela Igreja Ortodoxa, o apóstolo Pedro, depois de ter exercido o episcopado em Antioquia, teria se tornado o primeiro Bispo de Roma.
A tradição da Igreja Católica Romana afirma que depois de passar por várias cidades, Pedro terá sido martirizado em Roma entre 64 e 67 d.C. 
Alguns pesquisadores acreditam que, assim como Judas Iscariotes, Pedro terá pertencido à seita dos zelotas, grupo que teria surgido dos fariseus e constituía-se de pequenos camponeses e membros das camadas mais pobres da sociedade.
Este supostamente estaria comprovado em Marcos 3:18, assim como em Atos 1:13, no entanto, o certo "Simão, o Zelote" é na realidade uma pessoa distinta dentre as nomeações descritas nas referidas citações.
 O apóstolo Pedro, o primeiro Bispo de Roma
A comunidade de Roma terá sido fundada pelos apóstolos Pedro e Paulo e é considerada a única comunidade cristã do mundo fundada por mais de um apóstolo e a única do Ocidente instituída por um deles. Por esta razão desde a antiguidade a comunidade de Roma (chamada atualmente de Santa Sé pelos católicos) teve o primado sobre todas as outras comunidades locais (dioceses); nessa visão o ministério de Pedro continua sendo exercido até hoje pelo Bispo de Roma (segundo o catolicismo romano), assim como o ministério dos outros apóstolos é cumprido pelos outros Bispos unidos a ele, que é a cabeça do colégio apostólico, do colégio episcopal. A sucessão papal (de Pedro) começou com São Lino (67 d.C.) e, atualmente é exercida pelo Papa Francisco, eleito em 13 de março de 2013.
São Pedro é supostamente o autor de duas epístolas, dois dos 27 livros que compõem o Novo Testamento.
É vulgarmente representado como homem robusto, de meia-idade, de barba curta, vestido de apóstolo ou de papa. Múltiplos são os seus atributos: as chaves do Céu, em número de uma, duas ou três (que Cristo lhe terá confiado, dizendo: “Dar-te-ei a chave do Reino dos Céus: àqueles a que tu as abrires, as portas franquear-se-ão, e àqueles a quem as cerrares, ser-lhes-ão cerradas); a barca e o peixe (alusão ao seu mester de pescador); o galo sobre uma coluna (a lembrar a sua traição a Cristo: “Antes que o galo cante me negarás três vezes”); as cadeias (referência à sua prisão em Antioquia e Roma); a cruz de três ramos (atributo dos Papas), a cruz invertida (símbolo do seu martírio) e um livro (é um dos autores do Novo Testamento).
São Pedro é o Padroeiro de Papas e pescadores. A sua evocação ocorre a 29 de Junho. Os festejos populares de São Pedro, ocorrem de 28 para 29 de Junho, em terras como Seixal, Alverca do Ribatejo, Câmara de Lobos, Montijo, Nisa, Póvoa de Varzim, Ribeira Brava, Ribeira Grande, Ribeira Seca, São Pedro do Campo e Viana do Castelo.


terça-feira, 28 de junho de 2016

Efeméride 28 de Junho – Morte Arquiduque Francisco Fernando

Efeméride 28 de Junho – Morte Arquiduque Francisco Fernando

Em 28 de Junho de 1914 o arquiduque Francisco Fernando, príncipe herdeiro do império Austro-Húngaro, é assassinado em Sarajevo, por um nacionalista sérvio. O homicídio marca o começo da Grande Guerra 1914-18.
Francisco Fernando Carlos Luís José Maria de Áustria-Este  (Graz, 18 de Dezembro de 1863 - Sarajevo, 28 de Junho de 1914)
Arquiduque da Áustria,  herdeiro presuntivo do trono do Império Austro-Húngaro.
Filho mais velho do arquiduque Carlos Luís  (irmão dos imperadores Francisco José I da 


Áustria e Maximiliano do México) e da princesa Maria Anunciata de Bourbon-Duas Sicílias, herdou de seu primo, o duque Francisco V de Módena, a chefia da Casa de Áustria-Este, tornando-se pretendente ao trono do extinto ducado quando tinha apenas 12 anos de idade. Em 1889, com a morte do arquiduque Rodolfo, único filho varão de Francisco José I, no denominado Incidente de Mayerling, seu pai tornou-se o primeiro na linha de sucessão ao trono austro-húngaro, mas renunciou aos seus direitos em seu favor.
Em 28 de Junho de 1914, um domingo, por volta de 10:45h, Francisco Fernando e sua esposa foram mortos em Sarajevo, capital da província austro-húngara da Bósnia e Herzegovina, por Gavrilo Princip, à época com apenas 19 anos, membro da Jovem Bósnia e do grupo terrorista Mão Negra. O evento foi um dos fatores que levariam ao inicio da a Primeira Guerra Mundial.


A guerra, 28 de Julho de 1914 a 11 de Novembro de 1918, teve consequências económicas profundas. Dos 60 milhões de soldados europeus que foram mobilizados entre os anos de 1914 e 1918, 8 milhões foram mortos, 7 milhões foram incapacitados de maneira permanente e 15 milhões ficaram gravemente feridos. Morreram 6 milhões de civis durante a guerra.  A Alemanha perdeu 15,1% de sua população masculina activa, a Áustria-Hungria perdeu 17,1% e a França perdeu 10,5%.


segunda-feira, 27 de junho de 2016

Efeméride 27 de Junho – Instalação da 1ª Caixa Multibanco



Efeméride 27 de Junho – Instalação da 1ª Caixa Multibanco

Caixa electrónica,  caixa automático, caixa multibanco (do inglês: Automated Teller Machine - ATM) é um dispositivo electrónico que permite que clientes de um banco retirem dinheiro e verifiquem o extracto das suas contas bancárias sem a necessidade de se deslocar a um banco. Muitos terminais também permitem que as pessoas depositem dinheiro ou cheques, transfiram dinheiro entre contas bancárias, comprem cartões pré-pagos para seus telemóveis.
A primeira caixa electrónica do mundo foi fabricado pela empresa britânica De La Rue e foi instalado num bairro no norte da Grande Londres em 27 de  Junho de 1967 pelo Barclays Bank.
As primeiras caixas electrónicas aceitavam apenas uma ficha ou cupão de uso único, que era retida pelo caixa.
A ideia de um número de identificação pessoal (PIN) armazenado no cartão ao invés de ser digitado quando se queria retirar o dinheiro foi desenvolvido pelo engenheiro britânico James Goodfellow em 1965, que ainda hoje possui patentes internacionais cobrindo esta tecnologia.
As primeiras caixas electrónicas com voz  — caixas com instruções sonoras para pessoas com deficiência visual — foram instaladas no Canadá em 1999. A primeira caixa electrónica com voz nos Estados Unidos foi instalado em São Francisco em Outubro do mesmo ano.
 Enquanto Portugal foi um dos últimos países da Europa ocidental a instalá-las, o equipamento usado representou o que havia de mais avançado, baseado nas experiências de outros países, muitos dos quais gastam agora imenso dinheiro para substituir e actualizar máquinas obsoletas. O funcionamento do Multibanco teve início em Setembro de 1985, com a instalação de apenas 12 terminais nas duas principais cidades do país (Lisboa e Porto). O sucesso deste serviço foi enorme, existindo hoje milhares dessas caixas por todo o país (mais de 13.000 terminais — a maior densidade de caixas automáticas por habitante em toda a Europa).
Segundo um estudo britânico, o Multibanco seria o mais funcional de toda a Europa (com 60 funcionalidades), permitindo fazer operações que outros sistemas europeus não conseguem (por exemplo, o da Noruega não permite mais do que levantar dinheiro, saber os saldos e carregar o telemóvel).
Em Portugal, os multibancos têm tido muito sucesso, o que levou ao aparecimento de novos serviços não bancários, como a venda de bilhetes ou o pagamento de serviços (água, electricidade, gás, telefone, Internet, carregamento de telemóvel, Via Verde etc.)
Em 2015, existem cerca de 13 mil caixas automáticos de norte a sul do País, incluindo as regiões autónomas dos Açores e da Madeira. Diariamente, são levantados das máquinas de Multibanco 71 milhões de euros. A SIBS gere cerca de três mil milhões de operações financeiras por ano com um valor superior a 4,5 mil milhões de euros e conta com mais de 300 milhões de utilizadores, nacionais e estrangeiros.




Efeméride dia 26 – Reinauguração Canal do Panamá

Efeméride dia 26 – Reinauguração Canal do Panamá

O Panamá reinaugurou neste domingo (26), o novo Canal do Panamá, um projecto histórico que levou quase sete anos a ser concluído.
O novo canal custou cerca de US$ 5,580 bilhões, sendo considerado a maior obra de engenharia civil da história. Coloca em prática uma segunda via interoceânica entre o Atlântico e o Pacífico.
Assim, além de permitir a passagem de navios com maiores dimensões, a ampliação facilita também um maior trânsito, reutilizando a passagem de água – 200 milhões de litros -  cada vez que um navio efectua o trajecto.
Para a execução da obra foram necessários dez mil trabalhadores de 40 nacionalidades e o material utilizado daria para construir duas pirâmides como as de Keops, no Egipto, além de 220 mil toneladas de ferro, o que permitiria levantar 22 conjuntos como o da Torre Eiffel, de Paris.
Cerca de 12.400 navios atravessam anualmente o centenário canal com cerca de 80 km. de trajecto em oito a dez horas. Se o canal não existisse a travessia entre os dois oceanos demoraria cerca de 20 dias.
Escolhido por sorteio, foi um Navio chinês - o Cosco Shopping - o primeiro a transpor as novas comportas, iniciando o percurso de 77 km e transportando mais de 9 mil contentores.
O canal do Panamá  é um canal artificial de navios com 77,1 quilómetros de extensão, localizado no Panamá e que liga o oceano Atlântico  (através do mar do Caribe) ao oceano Pacífico. O canal atravessa o istmo do Panamá e é uma travessia chave para o comércio marítimo internacional.
França começou a construir o canal em 1881, mas teve que interromper devido a problemas de engenharia e pela alta taxa de mortalidade de trabalhadores por doenças tropicais. Os Estados Unidos assumiram o projecto em 1904 e levaram uma década para concluir o canal, que foi inaugurado oficialmente em 15 de Agosto de 1914.
Um dos maiores e mais difíceis projectos de engenharia já realizados, o Canal do Panamá reduziu muito o tempo de viagem para se cruzar os oceanos Atlântico e Pacífico de navio, o que permitiu evitar a longa e perigosa rota do cabo Horn, no extremo sul da América do Sul, através da passagem de Drake ou do estreito de Magalhães. A passagem mais curta, mais rápida e mais segura para a Costa Oeste dos Estados Unidos e para os países banhados pelo Pacífico, permitiu que essas regiões se tornassem mais integradas à economia mundial. O tempo aproximado para cruzar o canal varia entre 8 e 10 horas.



sábado, 25 de junho de 2016

Efemérides - Independência de Moçambique


Efeméride de 25 de Junho – Independência de Moçambique

Moçambique, conhecido oficialmente como República Popular de Moçambique, localizado no sudeste do Continente Africano, banhado pelo Oceano Índico a leste fazendo fronteira com a Tanzânia a norte; Malawi e Zâmbia a noroeste; Zimbabwe a oeste e Suazilândia e África do Sul a sudoeste. A sua actual capital e a maior cidade do país é Maputo (Antiga  Lourenço Marques durante o domínio colonial português). Com 801 537 quilómetros quadrados de área territorial, Moçambique é o 34º maior país do mundo em área territorial.
Entre o primeiro e o quinto século d.C., vários povos migraram de regiões do norte e oeste para essa região. Ao longo da sua costa foram sendo implantados vários portos comerciais, principalmente por suaílis e, mais tarde, árabes até à chegada dos Portugueses. A Zona foi reconhecida por Vasco da Gama em 1498 e em 1505 foi anexada pelo Império Português. Depois de mais de quatro séculos de domínio português, Moçambique tornou-se independente em 1975, transformando-se na República Popular de Moçambique pouco tempo depois. Após dois anos de independência, o país mergulhou em uma prolongada guerra civil  que durou de 1977 a 1992. Em 1994, o país realizou as suas primeiras eleições multipartidárias livres e democráticas mantendo-se como uma república presidencial relativamente estável desde então.
A Frente de Libertação de Moçambique (FRELIMO) iniciou uma campanha de guerrilha contra o governo português em setembro de 1964. Do ponto de vista militar, o exército português manteve o controlo dos centros populacionais, enquanto as forças de guerrilha procuraram espalhar a sua influência em áreas rurais no norte e no oeste do país.
Após dez anos de guerra e com a reimplantação da democracia em Portugal, através de um golpe militar, que substituiu o regime do Estado Novo em Portugal por uma junta militar (a Revolução dos Cravos, 25 de Abril de 1974), e na sequência dos Acordos de Lusaka, a FRELIMO assumiu o controlo do território moçambicano. Moçambique tornou-se independente de Portugal em 25 de junho de 1975. Após a independência, a maioria dos 250 mil portugueses que viviam em Moçambique abandonaram o território, retornando grande parte deles a Portugal.

Moçambique é dotado de ricos e extensos recursos naturais. A economia do país é baseada principalmente na agricultura de subsistência, mas o sector industrial, principalmente na produção de alimentos, bebidas, produtos químicos, alumínio e petróleo, está crescendo. O sector de turismo também está em crescimento, principalmente o relacionado com o turismo da natureza (Parque Natural da Gorongosa). A África do Sul é o principal parceiro comercial de Moçambique e a principal fonte de investimento directo. Portugal, Brasil, Espanha e Bélgica também estão entre os mais importantes parceiros económicos do país. Desde 2001, a taxa média de crescimento económico anual do PIB moçambicano tem sido uma das mais altas do mundo, 7,2 em 2015.
A língua oficial de Moçambique é o português, que é falado principalmente como segunda língua por cerca de metade da população. Entre as línguas nativas mais faladas estão o Macua, o Tsonga e a Sena. A população de cerca de 24 milhões de pessoas é composta predominantemente por povos bantos. A religião mais praticada em Moçambique é o cristianismo, mas há uma presença significativa de seguidores do islamismo.
O país é membro da União Africana, da Commonwealth Britânica, da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), da União Latina, da Organização da Conferência Islâmica, da Comunidade para o Desenvolvimento da África Austral e da Organização Internacional da Francofonia.

sexta-feira, 24 de junho de 2016

Efemérides - São João Baptista


João Batista (Judeia, 2 a.C. — 27 d.C.) foi um pregador judeu do início do século I, citado pelo historiador Flávio Josefo e os autores dos quatro Evangelhos da Bíblia.

A noite de 23 de Junho, véspera do Dia de São João, marca o início da celebração da festa de São João Batista. O Evangelho de Lucas (Lucas 1:36, 56-57) afirma que João nasceu cerca de seis meses antes de Jesus; portanto, a festa de São João Batista foi fixada em 24 de junho, seis meses antes da véspera de Natal. Este dia de festa é um dos poucos dias santos que comemora o aniversário do nascimento, ao invés da morte, do santo homenageado.

Segundo a narração do Evangelho de Lucas, João Batista era filho do sacerdote Zacarias e Isabel, prima de Maria, mãe de Jesus. Foi profeta e é considerado, principalmente pelos cristãos, como o "precursor do prometido Messias, Jesus Cristo.

A importância do seu nome João advém do seu significado que é "Deus é propício" e apelidaram-no "Baptista" pelo facto de pregar um baptismo de penitência.

João nasceu numa pequena aldeia chamada Aim Karim, a cerca de seis quilômetros lineares de distância a oeste de Jerusalém. Segundo interpretações do Evangelho de Lucas, era um Nazarita de nascimento. Outros documentos defendem que pertencia à facção nazarita de Israel, integrando-a na puberdade, era considerado, por muitos, um homem consagrado.

Como era prática ritual entre os judeus, o seu pai Zacarias teria procedido à cerimónia da circuncisão, ao oitavo dia de vida do menino. A sua educação foi grandemente influenciada pelas acções religiosas e pela vida no templo, uma vez que o seu pai era um sacerdote e a sua mãe pertencia a uma sociedade chamada "as filhas de Araão", as quais cumpriam com determinados procedimentos importantes na sociedade religiosa da altura.

Aos 6 anos de idade, de acordo com a educação sistemática judaica, todos os meninos deveriam iniciar a sua aprendizagem "escolar". Em Judá não existia uma escola, pelo que terá sido o seu pai e a sua mãe a ensiná-lo a ler e a escrever, e a instruí-lo nas actividades regulares.

Aos 14 anos há uma mudança no ensino. Os meninos, graduados nas escolas da sinagoga, iniciam um novo ciclo na sua educação. Como não existia uma escola em Judá, os seus pais terão decidido levar João a Engedi (atual Qumram) com o fito de este ser iniciado na educação nazarita.

João terá efectuado os votos de nazarita que incluíam abster-se de bebidas intoxicantes, o deixar o cabelo crescer, e o não tocar nos mortos. As ofertas que faziam parte do ritual foram entregues em frente ao templo de Jerusalém como caracterizava o ritual.

Segundo o relato bíblico (Mt 3,4), João também trajava veste simples (de pelos de camelo, um cinto de couro em torno de seus lombos) e alimentava-se de "gafanhotos e mel silvestre".
Morte dos pais e início da vida adulta

O pai de João, Zacarias, terá morrido no ano 12 d.C.. João teria 18-19 anos de idade, e terá sido um esforço manter o seu voto de não tocar nos mortos. Com a morte do seu pai, Isabel ficaria dependente de João para o seu sustento. Era normal ser o filho mais velho a sustentar a família com a morte do pai. João seria filho único. Para se poder manter próximo de Engedi e ajudar a sua mãe, eles terão-se mudado, de Judá para Hebrom (o deserto da Judeia). Ali João terá iniciado uma vida de pastor, juntando-se às dezenas de grupos ascetas que deambulavam por aquela região, e que se juntavam amigavelmente e conviviam com os nazaritas de Engedi.

Isabel terá morrido no ano 22.d.C e foi sepultada em Hebrom. João ofereceu todos os seus bens de família à irmandade nazarita e aliviou-se de todas as responsabilidades sociais, iniciando a sua preparação para aquele que se tornou um “objectivo de vida” - pregar aos gentios e admoestar os judeus, anunciando a proximidade de um “Messias” que estabeleceria o “Reino do Céu”. De acordo com um médico da Antioquia, que residia em Písia, de nome Lucas, João terá iniciado o seu trabalho de pregador no 15º ano do reinado de Tibério.

Influência religiosa
É opinião comum que a principal influência na vida de João terá sido os registros que lhe chegaram sobre o profeta Elias. Mesmo a sua forma de vestir com peles de animais e o seu método de exortação nos seus discursos públicos, demonstravam uma admiração pelos métodos antepassados do profeta Elias.

O Discurso principal de João era a respeito da vinda do Messias. Grandemente esperado por todos os judeus, o Messias era a fonte de toda as esperanças deste povo em restaurar a sua dignidade como nação independente. Os judeus defendiam a ideia da sua nacionalidade ter iniciado com Abraão, e que esta atingiria o seu ponto culminar com achegada do Messias. João advertia os judeus e convertia gentios, e isto tornou-o amado por uns e desprezado por outros.
Importante notar que João não introduziu o baptismo no conceito judaico, este já era uma cerimónia praticada. A inovação de João terá sido a abertura da cerimónia à conversão dos gentios, causando assim muita polémica.

Numa pequena aldeia de nome “Adão” João pregou a respeito “daquele que viria”, do qual não seria digno nem de apertar as alparcas (as correias das sandálias). Nessa aldeia também, João acusou Herodes e repreendeu-o no seu discurso, por este ter uma ligação com a sua cunhada Herodíades, que era mulher de Filipe, rei da Ituréia e Traconites (irmão de Herodes Antipas I). Esta acusação pública chegou aos ouvidos do tetrarca e valeu-lhe a prisão e a pena capital por decapitação alguns meses mais tarde.
O batismo de Jesus
João batizava em Pela, quando Jesus se aproximou, na margem do rio Jordão. A síntese bíblica do acontecimento é resumida, mas denota alguns fatores fundamentais no sentimento da experiência de João. Nesta altura João encontrava-se no auge das suas pregações. Teria já entre 25 a 30 discípulos e batizava judeus e gentios arrependidos. Neste tempo os judeus acreditavam que Deus castigava não só os iníquos, mas as suas gerações descendentes.

Os relatos Bíblicos contam a história da voz que se ouviu, quando João batizou Jesus, dizendo “este é o Meu filho amado no qual ponho toda a minha complacência”. Refere que uma pomba esvoaçou sobre os dois personagens dentro do rio, e relacionam essa ave com uma manifestação do Espírito Santo. Este acontecimento sem qualquer repetição histórica tem servido por base a imensas doutrinas.

Prisão e morte
O aprisionamento de João ocorreu na Pereia, a mando do Rei Herodes Antipas I no 6º mês do ano 26 d.C.. Ele foi levado para a fortaleza de Macaeros (Maqueronte), onde foi mantido por dez meses até ao dia de sua morte. O motivo desse aprisionamento apontava para a liderança de uma revolução. Herodias, por intermédio de sua filha, tradicionalmente chamada de Salomé, conseguiu coagir o Rei na morte de João, e a sua cabeça foi-lhe entregue numa bandeja de prata.

Referências







quinta-feira, 23 de junho de 2016

Efemérides - Exposição do Mundo Português

A Exposição do Mundo Português  (23 de Junho — 2 de Dezembro de 1940) foi uma exposição realizada em Lisboa em 1940.
Historicamente coincidente com o primeiro ano da Segunda Guerra Mundial, teve o propósito de comemorar a data da Fundação do Estado Português (1140) e da Restauração da Independência (1640), mas, também (e esse seria o objetivo primordial), de celebrar o Estado Novo, então em fase de consolidação. Foi a maior exposição do seu género realizada no país até à Expo 98 (1998).
 Génese
A ideia de celebrar o duplo centenário da Fundação e da Restauração da nacionalidade (1140 e 1640) que esteve na origem da Exposição do Mundo Português foi lançada em 1929 pelo embaixador Alberto de Oliveira; seria assumida em Março de 1938 por Salazar através de uma Nota Oficiosa da Presidência do Conselho onde se fixava, com alguma minúcia, o programa das comemorações. A exposição surgiu na sequência da participação portuguesa nas grandes Exposições Internacionais de Paris (1937), Nova Iorque e S. Francisco (1939).
A mostra teve lugar num período de consolidação do Estado Novo, assumindo então, no que respeita aos recursos materiais e humanos, uma dimensão inédita, tornando-se no acontecimento político-cultural mais marcante do Regime
A opção estética adotada nas comemorações provocou críticas violentas por parte dos artistas académicos, liderados pelo Coronel Arnaldo Ressano Garcia (presidente da Sociedade Nacional de Belas-Artes), e que ficariam maioritariamente à margem do evento.
 Acontecimento nacional, prolongado em congressos, cerimónias e espectáculos vários, a exposição incluiu pavilhões temáticos relacionados com a história de Portugal, suas actividades económicas, cultura, regiões e territórios ultramarinos, e o pavilhão do Brasil  (o único país estrangeiro presente).

Referências:
1.    A.A.V.V. – Os anos 40 na Arte Portuguesa (tomo 1). Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian, 1982, p. 54-63.
2.    História de Arte em Portugal: o modernismo. Lisboa: Editorial Presença, 2004, p. 81-85

3.    Fernandes, José Manuel – Português Suave: Arquiteturas do Estado Novo. Lisboa: IPPAR, Departamento de Estudos, 2003