quinta-feira, 16 de junho de 2016

Reflecções - Ainda o rescaldo do 10 de Junho


Ainda o rescaldo do 10 de Junho

Após alguns anos de afastamento das fileiras das Forças Armadas, Marinha, onde servi no activo, por mais de 44 anos, decidi pela primeira vez, após aposentação, comparecer na cerimónia das comemorações do 10 de Junho, Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas, que decorreram, após um interregno de 43, no Terreiro do Paço.

Foi com grande satisfação que pude verificar que após vários anos de trevas, com a permanente assombração da aproximação do dia do juízo final, a que parece que estávamos condenados, um novo “Sol” sorri para os Portugueses. A demonstração do que acabo de dizer está na enorme afluência de “povo” que compareceu ao chamamento de SEXA o Presidente da República e Comandante Supremo das Forças Armadas para assistir às comemorações do dia 10 de junho.
Com a resposta de “presente” manifestada pelo povo e, as palavras de apresso manifestadas por SEXA o Presidente da República, ficou bem demonstrado da necessidade, provavelmente já iniciada, da “reconciliação” entre o Povo, o Poder Politico, que em seu nome governa, e as suas Forças Armadas que, disciplinadas, treinadas e bem comandadas, deram, mais uma vez, uma demostração da sua capacidade no Mar, em Terra ou no Ar. Na realidade outra coisa não seria de esperar de alguém que iniciou a sua carreira ao serviço e em defesa do seu povo e do seu País, jurando que o faria mesmo com o sacrifício da própria vida.
É ainda de realçar que até na escolha dos agraciados o PR ennovou. Em vez dos “Babas” e outros que tais que nada de novo acrescentaram ao engrandecimento do País SEXA escolheu cinco militares, dois na reforma e três no activo. Tenho a certeza que existirão, e muitos, cidadãos não militares com merecimento para terem reconhecimento público, deixemos isso para outra ocasião, coisa que tenho a certeza, não faltará.
Deixei o Terreiro do Passo com a convicção de que a esperança está de volta e, que o Apocalipse, que os profetas da desgraça nos tentam impingir, não será para já. 


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