terça-feira, 23 de agosto de 2016

Tomada de Arzila


A 23 de Agosto de 1471, o Rei D. Afonso V desembarca em Arzila.

A presença dos Portugueses em Arzila, cidade marroquina da costa atlântica, ainda hoje apresenta vários vestígios após a ocupação pelas tropas de D. Afonso V em 1471.

A conquista de Arzila enquadrou-se na política de expansão ultramarina portuguesa e ocorreu na segunda metade do século XV, após o desastre da operação em Tânger, onde muitos portugueses – entre os quais o infante D.Fernando – foram feitos prisioneiros.

Julgava-se que a tomada de praças em Marrocos apresentaria uma mais-valia fundamental à progressão marítima e, no caso de Arzila, a tarefa estava facilitada porque existia um conflito entre os muçulmanos que se combatiam entre si. Mesmo assim o combate não foi fácil e causou várias vítimas.

Situada na costa norte de Marrocos, a cidade foi uma possessão dos portugueses entre 1471  e 1550 e, mais tarde, entre 1577 e 1589.

Para povoar / colonizar Arzila, a coroa portuguesa enviou diversas famílias judias espanholas, estabelecendo-se um acordo de paz com os mouros das redondezas pelo período de vinte anos. Apesar de escassos, ainda existem hoje alguns vestígios da presença portuguesa, entre os quais a torre de menagem da fortaleza, cuja recuperação apoiada pela Fundação Calouste Gulbenkian.

Afonso V (1432 – 1481), apelidado de "o Africano" pelas suas conquistas em África, foi o Rei de Portugal e dos Algarves de 1438 até sua morte. Era o filho mais velho do rei Duarte I e sua esposa Leonor de Aragão, Casou em 1445 com sua prima D. Isabel.

segunda-feira, 22 de agosto de 2016

Fundação da Cruz Vermelha

O Comité Internacional da Cruz Vermelha  (CICV), fundado em 22 de Agosto? De 1863   é uma organização humanitária, independente e neutra, que se esforça em proporcionar protecção e assistência às vítimas da guerra e de outras situações de violência.

Com sede em Genebra, Suíça, possui um mandato da comunidade internacional para servir de guardião do Direito Internacional Humanitário, além de ser o órgão fundador do Movimento Internacional da Cruz Vermelha e do Crescente Vermelho.

No seu constante diálogo com os Estados, o CICV insiste continuamente no seu carácter neutro e independente.

A organização foi fundada por iniciativa de Jean Henri Dunant, em 1863, sob o nome de Comité Internacional para ajuda aos militares feridos, designação alterada, a partir de 1876, para Comité Internacional da Cruz Vermelha.

Actualmente, o CICV não tem se limitado apenas à protecção de prisioneiros militares, mas também a detidos civis em situações de guerra ou em nações que violem os Estatutos dos Direitos Humanos. Preocupa-se ainda com a melhoria das condições de detenção, a garantia do suprimento e distribuição de alimentos para as vítimas civis de conflitos, a prover assistência médica e a melhorar as condições de saneamento especialmente em acampamentos de refugiados ou detidos assim como em assistência a vítimas de desastres naturais, como enchentes,  terremotos,  furacões, especialmente em nações com carência de recursos próprios para assistência às vítimas.

O Comité Internacional da Cruz Vermelha baseia-se no princípio da neutralidade, não se envolvendo nas questões militares ou políticas, de modo a ser digna da confiança das partes em conflito e assim exercer suas actividades humanitárias livremente.

Desde que o CICV foi criado, seus fundadores identificaram a necessidade de utilizar um emblema único e universal, facilmente reconhecido. A ideia era que o emblema protegesse não apenas os feridos em campanha, mas também as pessoas que prestavam assistência, incluindo as unidades médicas, mesmo as do inimigo. De acordo com os Convénio de Genebra e seus Protocolos Adicionais, os emblemas reconhecidos são a cruz vermelha, o crescente vermelho e o cristal vermelho. Estes emblemas estão reconhecidos pelo direito internacional e têm a função de proteger as vítimas de conflitos e os trabalhadores humanitários que prestam assistências às mesmas.
Com 12,3 mil funcionários, o Comité Internacional da Cruz Vermelha está presente em mais de 80 países por meio de delegações, subdelegações, escritórios e missões. As actividades fazem parte do mandato da organização de proteger a vida e a dignidade das vítimas de guerra e de promover o respeito pelo Direito Internacional Humanitário.

A Cruz Vermelha Portuguesa foi criada em 11 de Fevereiro de 1865, pelo médico militar José António Marques que, no ano anterior, tinha representado o rei D. Luís I na conferência internacional que deu origem à I Convenção de Genebra.

Ao longo da sua história a Cruz Vermelha Portuguesa prestou auxílio em todas as guerras e grandes catástrofes que Portugal esteve envolvido. Prestou também auxílio internacional em situações de catástrofes e guerras no estrangeiro.

A Sociedade Portuguesa da Cruz Vermelha foi feita Grande-Oficial da Ordem Militar da Torre e Espada, do Valor, Lealdade e Mérito a 29 de Março de 1919, Grande-Oficial da Ordem Militar de Cristo a 29 de Outubro de 1925 e Grã-Cruz da Ordem de Benemerência a 5 de Outubro de 1933.  A 15 de Novembro de 1982 a Cruz Vermelha Portuguesa foi feita Membro-Honorário da Ordem do Infante D. Henrique.

O Comité Internacional da Cruz Vermelha é o corpo do Movimento Internacional mais honrado, tendo sido premiado três vezes com o Prémio Nobel da Paz  (1917,  1944, e 1963).


Fonte:  Wikipédia, a enciclopédia livre.

domingo, 21 de agosto de 2016

Tomada de Ceuta - Efeméride de 21 de Agosto


Efeméride de 21 de Agosto – Tomada de Ceuta

Ao fim da madrugada de 21 de Agosto de 1415, quando o sol começou a raiar, os habitantes de Ceuta puderam ver na linha do horizonte um cenário tão grandioso como assustador.

À vista, perto de costa, mais de 200 naus, fustas e galés aprontavam-se para desembarcar os primeiros soldados da expedição de uns 20 mil homens que D. João I, rei de Portugal, tinha armado para conquistar a cidade.
Sabe-se pela Crónica da Tomada de Ceuta escrita por volta de 1450 por Gomes Eanes de Zurara que D. João I tinha em mente uma operação militar no exterior das suas fronteiras desde 1409.
 O norte de África era por várias razões o destino mais lógico nas conjecturas do rei que, desde  cedo encontrou nos seus filhos mais velhos, D. Duarte, D. Henrique e D. Pedro, um incondicional apoio.
O projecto da conquista de Ceuta ter-lhe-á sido apresentado pelo seu vedor da Fazenda, João Afonso de Alenquer (1395-1433), conhecedor das riquezas da cidade.

O rei começa então a fazer contas. Preocupava-se com os gastos da operação e com a sua viabilidade. Receava a necessidade de criar novos impostos e a reação da arraia miúda.
Com o apoio dos filhos garantido, o rei procura obter a concordância do Condestável, D. Nuno Álvares Pereira, que após a batalha de Aljubarrota se tornara figura muito importante no reino, e da sua mulher, a Rainha Filipa de Lancastre. Após obter o seu assentimento, D. João manda iniciar os preparativos nos primeiros meses de 1414.
 Até ser dado início à expedição faltava ainda mais de um ano e meio e o seu sucesso só se atingiria se permanecessem em total segredo. Em Julho desse ano, porém, os planos reais saem do círculo estrito dos seus colaboradores e tiveram de ser discutidos com o seu Conselho sendo o plano apoiado.
Dá-se então inicio â criação de uma das maiores forças navais jamais constituídas nessa época. Os historiadores falam entre 190 e 270 barcos, que transportariam perto de 20 mil homens.

 D. João trata de apaziguar Castela, Fernando de Aragão não fica completamente descansado e envia um espião, Ruy Diaz, para tentar perceber o que estava a acontecer. As informações que recebe dão conta de uma enorme mobilização no país, de mais de 100 barcos já reunidos e da espera de muitos mais.
Pouco faltava para a partida, quando um surto de peste dificulta os planos, vitimado a própria rainha Dona Filipa de Lencastre, que morreu a 19 Julho de 1415. Chegando a ser discutida a possibilidade do adiamento da expedição, Num conselho régio realizado em Alhos Vedros.

A peste era um mau prenúncio e uma ameaça para as tropas que se concentravam. O condestável quis adiar a partida. O rei, pressionado pelos filhos, desempatou com o seu voto que qualidade. Por essa altura tinha-se já chegado a um ponto de não retorno.
A frota de D. Henrique sai do Porto, cidade onde nascera, a 13 ou 14 de Julho.

A frota do Porto junta-se à de Lisboa e em 25 de Julho, dia de Santiago, padroeiro da luta contra os mouros, parte para África. O rei comanda as galés, o infante D Pedro as naus. Em Lagos faz-se uma missa e Frei João de Xira revela finalmente o destino da expedição.
De Lagos a frota parte para Faro, onde fica até 9 de Agosto à espera de ventos favoráveis.
As galés, as fustas e os barcos mais pequenos chegam a Ceuta a 12, mas aqui surge um primeiro e grave contratempo. O nevoeiro e as fortes correntes arrastam as naus para as costas de Málaga. A armada ficara partida e, pior, o efeito-surpresa tinha-se perdido.
A 19 de Agosto, um pouco a sul de Algeciras, um novo conselho régio é convocado para decidir o que fazer. Os infantes insistem na continuação da expedição. Há quem defenda o regresso a casa.

No dia seguinte, na Ponta do Carneiro, o rei senta o conselho no chão e anuncia a sua decisão: atacar sem demoras. “Amigos, este dia foi sempre por mim muito desejado”, terá dito, de acordo com Zurara.
É assim que, na noite de 20 para 21 de Agosto os habitantes de Ceuta vêm estupefactos a enorme frota reunida.

Os relatos da conquista que nos chegaram dão conta de uma operação fácil, tão fácil que o castelo de Ceuta Caí praticamente sem resistência o que agrada aos cavaleiros da nobreza ansiosos de obter na cidade a tão desejada “honra” e o não menos importante “acrescentamento” de riquezas aos seus pecúlios.  
Poucas horas antes do desembarque, D. João instruíra os seus comandantes para uma operação com duas cabeças. A força de assalto comandada pelo infante D. Henrique lançou-se precipitadamente à praia e iniciou o combate antes de D. João I o ter determinado.

Com resistência reduzida, pelo entardecer os mouros abandonam o castelo e a Medina. Ceuta mudara de mãos.
O saque das casas e comércios, que se iniciara logo às primeiras horas da batalha, generalizou-se.
Às sete e meia da tarde, a batalha tinha acabado e o pavilhão do rei D. João I flutuava seguro no castelo de Ceuta. Não se conhecem com rigor os custos humanos da conquista.
Quando todo o perímetro da cidade está sob controlo, seguem-se os momentos de celebração e de festa. Frei João de Xira dirige uma missa. Os infantes são armados cavaleiros após terem provado o seu valor no campo de batalha, na melhor tradição da mentalidade da nobreza medieval.

Como em tantas outras vezes, o rei convoca o seu conselho para decidir. Apesar de todas as hesitações, o rei decide ficar.
Tomada a decisão, era a hora de escolher quem ficaria a governar Ceuta e quem seria o responsável pelo seu comando. Seguindo a ordem hierárquica militar e nobiliárquica, D. João I convida o condestável Nuno Álvares Pereira, que, velho e cansado recusa o convite. Vários outros nobres também o recusam.

É neste impasse que D. Pedro de Menezes oferece os seus préstimos e fica durante 22 anos.
No reinado de D. Duarte tenta-se alargar a base de implantação em África com a conquista de Tânger, em 1437, mas uma desastrada operação militar conduzida por D. Henrique resulta numa grave derrota sublinhada pelo cativeiro do infante D. Fernando, que morrerá em Fez. No círculo do rei ou nas Cortes nunca se chegou a acordo sobre se a sua libertação valia a entrega de Ceuta, como era exigido pelos muçulmanos. No imaginário da África portuguesa, Dom Fernando será um mártir.  

Depois de 1640, a sorte das possessões portuguesas em África divide-se. Mazagão aceitou permanecer sob a soberania da casa de Bragança, até que é mandada evacuar por D. José, em 1769. Tânger hesitou mas seguiu o mesmo caminho – em 1661 foi entregue aos ingleses como dote do casamento de Catarina de Bragança com Carlos II. Ceuta fez uma opção diferente. Em Fevereiro de 1641 o governador D. Francisco de Almeida garante obediência a Filipe IV. Permanecerá espanhola até hoje, embora ainda conserve na sua bandeira as armas portuguesas desse tempo. 


sexta-feira, 19 de agosto de 2016

Morte de García Lorca - Efeméride de 19 de Agosto


Efeméride de 19 de Agosto – Morte de García Lorca

A 19 de Agosto de 1936, durante a Guerra Civil de Espanha, é fuzilado pelas forças nacionalistas do ditador Francisco Franco, junto à Fonte das Lágrimas, nos arredores de Granada, o poeta e dramaturgo andaluz Frederico García Lorca, 38 anos.

Nascido na região de Granada, em 05 de junho de 1898, faleceu nos arredores de Granada no dia 19 de agosto de 1936, assassinado pelos "Nacionalistas". Nessa ocasião o general Franco dava início à guerra civil espanhola. Apesar de nunca ter sido comunista - apenas um socialista convicto que havia tomado posição a favor da República - Lorca, então com 38 anos, foi preso por um deputado católico direitista que justificou sua prisão sob a alegação de que ele era "mais perigoso com a caneta do que outros com o revólver."

quarta-feira, 17 de agosto de 2016

Anacársis


 Anacársis, século VI A.C.. Nasceu na Citia (zona litoral do Mar Negro a NE). Foi para Atenas para se educar e formar.

Anacársis foi um filósofo que viajou de sua terra natal na costa norte do mar Negro até Atenas no início do século VI a.C. e causou grande impressão como um "bárbaro" franco, sincero, aparentemente um precursor dos cínicos, embora nenhum dos seus trabalhos tenha sobrevivido.

Parece ser dele a celebre citação:

Há três espécies de homens, os vivos, os mortos e os que andam no mar.

Nada mais certo vos garante quem do mar fez vida por mais de 44 anos.




terça-feira, 16 de agosto de 2016

Morre Eça de Queirós - Efeméride 16 de Agosto


Efeméride 16 de Agosto – Morre Eça de Queirós

A 16 de Agosto de 1900, morre, em Paris, o escritor português José Maria Eça de Queirós [ou Queiroz, conforme a grafia vigente na sua época]. Iniciou a sua carreira nas letras, quando era finalista do curso da Faculdade de Direito de Coimbra, com folhetins dominicais na Gazeta de Portugal. De 1866 a 1875, Eça escreve temas românticos mas já com processos de descrição realista. Fazem parte desta época, Prosas Bárbaras, Mistério da Estrada de Sintra e alguns contos. De 1875 a 1887, entra na fase realista, com uma forte crítica social. Neste período, cria o romance de costumes, com análise objectiva e, por vezes, até cruel da sociedade, tendo por sustentáculo a ironia. O Crime do Padre Amaro, O primo Basílio, O Mandarim, A Relíquia, Uma Campanha Alegre e Os Maias, pertencem a este período, sendo esta última obra considerada o expoente máximo do realismo português. Numa terceira fase, de cariz nacionalista / realista (1887 a 1900), de tendências por vezes excessivas, embora atenuadas pela moderação e pelo sarcasmo, inserem-se A Ilustre Casa de Ramires, A Cidade e as Serras, A Correspondência de Fradique Mendes, Últimas Páginas e diversos contos.

segunda-feira, 15 de agosto de 2016

Os Faróis foram integrados na Marinha - 14 de Agosto de 1892


Foi a 14 de Agosto de 1892 que os serviços de Faróis foram integrados na Marinha.

Desde os tempos mais remotos que os homens do mar se guiam, no seu regresso a terra, utilizando fogueiras ou grandes luzes de azeite (de oliveira ou de baleia).

As fontes de alimentação da luz foram melhorando, tendo sido o azeite substituído pelo petróleo e pelo gás, e posteriormente pela eletricidade. Paralelamente, foram inventados vários aparelhos ópticos, que conjugavam espelhos, refletores e lentes, montados em mecanismos de rotação, não só para melhorar o alcance da luz, como para proporcionar os períodos de luz e obscuridade, que permitiam distinguir um farol de outro.

O primeiro farol de que se tem registro é o farol de Alexandria, construído em 280 a.C. na ilha de Faros. Os romanos também construíram diversos faróis ao longo do Mar Mediterrâneo, Mar Negro e até o Oceano Atlântico. Mas, com a derrocada do Império Romano do Ocidente, o comércio marítimo diminuiu e os faróis romanos desapareceram. Somente no século XI os faróis passariam a renascer na Europa Ocidental e, com a expansão marítima das grandes navegações, para o novo mundo. Um dos faróis dessa nova era dos faróis era a Lanterna de Gênova, cujo faroleiro era Antônio Colombo, tio do navegador Cristóvão Colombo por volta de 1450.

Como bem sabemos, Velejadores Portugueses, lideraram a Idade das Descobertas, e navios Portugueses, encontraram o seu caminho de regresso a casa a partir dos longínquos cantos do mundo desde há cerca de 600 anos. Não surpreende que os faróis tenham desempenhado um papel importante na cultura naval Portuguesa, e que sejam hoje monumentos nacionais muito visitados.

Desde 1892 que está atribuída à Marinha Portuguesa a responsabilidade pela manutenção da rede de faróis na costa de Portugal.

A Direcção de Faróis (DF) foi criada em 1924. É o organismo da DGAM que tem por missão a direcção técnica das ajudas à navegação, coordenando o estudo, instalação, manutenção e extinção das mesmas a nível nacional.

Também, por protocolo estabelecido no âmbito da Cooperação Técnico Militar entre Portugal e São Tomé e Príncipe, compre à DF o;

1.       Apoio técnico ao Serviço de Apoio à Navegação de São Tomé e Príncipe.

2.       Acompanhamento técnico dos trabalhos de Manutenção Preventiva Anual da Rede de Assinalamento Marítimo, a desenvolver pela parte Santomense.

3.       Apoio técnico à realização de reparações pontuais de reconhecida dificuldade, sob o ponto de vista da execução técnica, na Rede de Assinalamento Marítimo

4.       Apoio em material e equipamento necessário à Manutenção da Rede de Assinalamento, de acordo com as disponibilidades da parte Portuguesa.

domingo, 14 de agosto de 2016

Batalha de Aljubarrota - Efeméride 14 de Agosto

Efeméride 14 de Agosto – Batalha de Aljubarrota

 No final da tarde de 14 de Agosto de 1385  decorreu entre tropas portuguesas com aliados ingleses, comandadas por D. João I de Portugal e o seu condestável D.  Nuno Álvares Pereira, e o exército castelhano e seus aliados liderados por D. João I de Castela A Batalha de Aljubarrota . A batalha deu-se no campo de São Jorge, pertencente à freguesia de Calvaria de Cima, concelho de Porto de Mós, nas imediações da vila de Aljubarrota, entre o referido concelho e Alcobaça.  
No fim do século XIV, a Europa encontrava-se a braços com uma época de crise e revolução. A Guerra dos Cem Anos devastava a França, epidemias de peste negra ceifavam vidas em todo o continente, a instabilidade política dominava e Portugal não era excepção.
Em 1383, El-rei D. Fernando,  (Coimbra, 31 de Outubro de 1345  Lisboa, 22 de Outubro de 1383), apelidado de "o Formoso", "o Belo" e "o Inconstante", morreu sem deixar filho varão que herdasse a coroa. A sua única filha legítima era a infanta D. Beatriz, casada com o rei D. João I de Castela. A burguesia mostrava-se insatisfeita com a regência da Rainha D. Leonor Teles e do seu favorito, o conde Andeiro e com a ordem da sucessão, uma vez que isso significaria anexação de Portugal por Castela. As pessoas alvoroçaram-se em Lisboa, o conde Andeiro foi morto e o povo pediu ao mestre de Avis, D. João, filho natural de D. Pedro I de Portugal, que ficasse por regedor e defensor do Reino.
O período de interregno que se seguiu ficou conhecido como crise de 1383-1385. Finalmente a 6 de Abril de 1385, D. João, mestre da Ordem de Avis, é aclamado rei de Portugal pelas cortes reunidas em Coimbra, mas o rei de Castela não desistiu do direito à coroa Portuguesa, que entendia advir-lhe do casamento.
Perante a revolta da população portuguesa, em vários pontos e cidades do Reino de Portugal, mas principalmente em Lisboa, o Rei de Castela, decide em 1384 entrar em Portugal. Entre Fevereiro e Outubro deste ano monta um cerco a Lisboa, por terra e por mar.
Uma frota portuguesa vinda do Porto enfrenta, a 18 de Julho de 1384, à entrada de Lisboa, a frota castelhana, na batalha do Tejo. Os portugueses perdem três naus e sofrem vários prisioneiros e mortos; no entanto, a frota portuguesa consegue romper a frota castelhana, que era muito superior, e descarregar no porto de Lisboa os alimentos que trazia. Esta ajuda alimentar veio-se a revelar muito importante para a população que defendia Lisboa.
O cerco de Lisboa pelas tropas castelhanas acaba por não resultar, devido à determinação das forças portuguesas em resistir ao cerco, ao facto de Lisboa estar bem murada e defendida, à ajuda dos alimentos trazidos do Porto e devido à epidemia de peste negra que assolou as forças castelhanas acampadas no exterior das muralhas.
Em Junho de 1385, D. João I de Castela decide invadir novamente Portugal, desta vez à frente da totalidade do seu exército e auxiliado por um forte contingente de cavalaria francesa.
Assim, em 4 de Agosto dá-se a batalha de Aljubarrota, o grande herói desta batalha foi D. Nuno Álvares Pereira, um grande apoiante de D. João Mestre de Avis, decidiu não esperar em Lisboa pelos castelhanos mas sim encontrar-se com eles a caminho de Leiria.
D. Nuno Álvares Pereira organizou um pequeno exército que combateu os castelhanos com besteiros e arqueiros a pé que formavam filas para derrubar os inimigos.
D. Nuno aproveitou pequenas elevações do terreno, onde colocou arqueiros e besteiros. Mandou cavar fossos (chamados covas-de-lobo) disfarçados com folhas, para que os cavaleiros castelhanos lá caíssem.
Depois, dispôs as suas forças em três alas, sendo que uma delas (maior) ficava de reserva à retaguarda, comandada por D. João Mestre de Avis.
À frente uma grande linha de soldados comandada pelo Condestável (D. Nuno) enfrentava de frente os castelhanos, dando-lhes a sensação de que estavam em vantagem.
A ala esquerda era a célebre ala dos namorados, que enfrentou bravamente os castelhanos, e a ala direita era conhecida por ala da madressilva, que, enquanto a primeira lutava, fazia chover flechas sobre o exército inimigo.
Quando os cavaleiros do exército castelhano viram avançar os soldados portugueses a pé, recolheram um pouco as suas lanças, julgando que não seria necessário um esforço assim tão grande para os derrotar.
Imagina a sua surpresa quando as várias alas começaram a avançar e os rodearam!
Esta táctica militar, que ficou conhecida como a "táctica do quadrado", foi o segredo para a derrota dos castelhanos. Apesar da batalha sangrenta, as maiores perdas foram do exército castelhano que foi cercado de surpresa pelas tropas portuguesas.
O resultado foi a vitória dos portugueses frente a um exército muito superior, tanto em número como em armas. Os portugueses teriam 1700 lanças, 800 besteiros e 4000 peões; ao todo 6500 homens, por seu turno, os castelhanos teriam 5000 lanças, 2000 cavalos, 8000 besteiros e 15 000 peões, num total de 30 000 homens, com 700 carroças, milhares de animais carregando mantimentos e munições, 8000 cabeças de gado e muitos pagens e outra gente de serventia!
Esta batalha foi um marco muito importante na História de Portugal porque evitou que o País caísse nas mãos de Castela e perdesse a sua independência, coisa que viria a acontecer muitos anos mais tare de quando da morte do Rei D. Sebastião (1580-1640).

Fonte: Wikipédia, a enciclopédia livre.

sábado, 13 de agosto de 2016

Início da Construção Muro de Berlim - Efeméride de 13 de Agosto


A13 de Agosto de 1961 – Tem início a construção do Muro de Berlim.
Início da construção do Muro de Berlim
Em 13 de agosto de 1961, guardas da Alemanha Oriental começaram a separar com arame farpado e cimento os lados oriental e ocidental de Berlim, isolando Berlim Ocidental dentro do território da Alemanha Oriental. A construção do muro teve como objetivo separar as duas áreas da cidade de Berlim, à época dividida em um setor capitalista e outro socialista. A construção deste abominável símbolo da Guerra Fria iniciou-se a 13 de agosto de 1961, estendendo-se por 37 quilômetros dentro da zona urbana da cidade de Berlim com cerca de 3 milhões de habitantes dele faziam parte 66,5 km de gradeamento metálico, 302 torres de observação, 127 redes metálicas electrificadas com alarme e 255 pistas de corrida para cães de guarda. Este muro era patrulhado por militares da Alemanha Oriental Socialista com ordens de atirar para matar os que tentassem escapar, o que provocou, segundo dados do regime socialista, a morte de 80 pessoas, 112 feridos e milhares aprisionados nas diversas tentativas de fuga para o ocidente capitalista, além de separar, até sua queda, dezenas de milhares de famílias berlinenses que ficaram divididas e sem contato algum. Os números de mortos, feridos e presos é controverso pois os dados oficiais do fechado regime socialista são contestados por diversos órgãos internacionais de Direitos Humanos.
A origem da construção do muro encontram-se no fim da Segunda Guerra Mundial, com a derrota da Alemanha e sua consequente ocupação pelas forças aliadas. Cada país vencedor "herdou" um setor da cidade de Berlim, e desse modo foram criados 4 sectores, um  americano, um inglês, um francês e outro soviético. Os três primeiros sectores uniram-se para formar a área da cidade que adotaria o regime capitalista, Berlim Ocidental, que seria anexada à nascente República Federal da Alemanha (a capitalista Alemanha Ocidental). O lado soviético daria origem a Berlim Oriental, que se tornaria a capital da Alemanha Oriental.

Tal situação gerou uma configuração estranha dentro da Alemanha dividida, pois o sector capitalista de Berlim estava mergulhado em território da Alemanha Oriental, formando assim, um enclave capitalista dentro do país socialista, complicando as comunicações de Berlim Ocidental com seu próprio país.
O funcionário do Serviço de Defesa da Constituição de Berlim que estava de plantão no segundo final de semana de agosto de 1961 não esperava ocorrências extraordinárias. Mas já na madrugada de sábado para o domingo, dia 13, ele foi surpreendido à 1h54m pela notícia de que o tráfego de trens entre Berlim Ocidental e Berlim Oriental fora suspenso.

A abrangência do facto, porém, só ficou clara quando o dia amanheceu. A República Democrática Alemã (RDA) dera início à construção de um muro entre as duas partes de Berlim, cortando o acesso de 16 milhões de alemães ao lado ocidental. "A fronteira em que nos encontramos, com a arma nas mãos, não é apenas uma fronteira entre um país e outro. É a fronteira entre o passado e o presente", era a interpretação ideológica do governo alemão oriental.
Queda após 28 anos
A RDA via com razão ameaçada em sua existência. Cerca de 2 mil fugas diárias haviam sido registradas até aquele 13 de Agosto de 1961, ou seja, 150 mil desde o começo do ano e mais de 2 milhões desde que fora criado o "Estado dos trabalhadores e dos camponeses". O partido SED tentou controlar este êxodo com o auxílio de arame farpado e cimento, levantando um muro de 155 quilómetros de extensão que interrompia estradas e linhas férreas e separava famílias.
Ainda dois meses antes, Walter Ulbricht, chefe de Estado e do partido, desmentira boatos de que o governo estaria a planear fechar a fronteira: "Não tenho conhecimento de um plano desses, já que os operários da construção estão ocupados levantando casas e toda a sua mão-de-obra é necessária para isso. Ninguém tenciona construir um muro".
Nos bastidores, porém, corriam os preparativos, sob a coordenação de Erich Honecker e com a bênção da União Soviética. Guardas da fronteira e batalhões fiéis ao politburo encarregaram-se da tarefa. Honecker não tinha a menor dúvida: "Com a construção da muralha antifascista, a situação na Europa fica estabilizada e a paz, salvaguardada".

As potências ocidentais protestaram, mas nada fizeram. Para os berlinenses de ambos os lados da fronteira, a brutalidade do muro passou a fazer parte do cotidiano. Apenas 11 dias após a construção, morreu pela primeira vez um alemão-oriental abatido a tiro durante uma tentativa de fuga. A última vítima dos guardas da fronteira foi Chris Gueffroy, morto em fevereiro de 1989.
Reação às fugas
Até 1989, o Muro de Berlim foi o símbolo por excelência da Guerra Fria, da bipolarização do mundo e da divisão da Alemanha.
Ainda no início de 1989, Honecker, no poder desde 1971, manifestava confiança na sua estabilidade: "O muro ainda existirá daqui a 50 ou cem anos, enquanto não forem ultrapassados os motivos que levaram à sua construção".

Apenas dez meses depois, em 9 de Novembro daquele ano, os habitantes de ambas as partes da cidade caíam incrédulos nos braços uns dos outros, festejando o fim da muralha que acabou sendo derrubada pouco a pouco e vendida aos pedaços como suvenir.
Menos de um ano depois, o país dividido desde o fim da Segunda Guerra foi unificado.


sexta-feira, 12 de agosto de 2016

Afunda-se o Submarino Russo Kursk - Efeméride 12 de Agosto

Efeméride 12 de Agosto – Afunda-se o Submarino Russo Kursk


A 12 de Agosto de 2000 -- Afunda-se o submarino nuclear russo Kursk, em exercício no Mar de Barents. Morre a tripulação de 118 homens.

O K-141 Kursk, foi um submarino nuclear da Classe Oscar-II, pertencente à Marinha Russa que se afundou no Mar de Barents em 12 de Agosto de 2000, com uma tripulação de 118 homens. Foi baptizado em homenagem a uma das maiores batalhas da Segunda Guerra Mundial, a Batalha de Kursk, em 1943.

Foi um dos primeiros navios a serem concluídos após a queda da União Soviética. A sua missão principal seria aumentar a capacidade submarina da Frota do Mar do Norte, cuja sede localiza-se em Severomorsk. A sua construção tem inicio 1990 em Severodvinsk, perto de Arkhangelsk, sendo lançado à água em Dezembro de 1994.

Com 154 m de comprimento, 18m de largura, e equivalente a quatro andares de altura ( Peso estimado de 18.000 ton), era considerado o maior submarino de ataque até então construído. Sendo considerado indestrutível pela Marinha Russa, devido ao seu tamanho e aos seus recursos tecnológicos.

De acordo com informações do serviço de sismologia da Noruega, Instituição NORSAR, teria havido duas explosões detectadas aproximadamente nas coordenadas 69°38'N e 37°19'E, durante a manhã de 12 de Agosto de 2000. A primeira explosão foi às 11:29:34 (hora de Moscovo) e teve uma magnitude de 1,5 na escala de Richter, seguido de uma segunda de 3,5, às 11:31:48, correspondendo a cerca de 100/250Kg de explosivos (TNT). Durante a noite de 14 de Agosto,  FrançaAlemanhaGrã-  BretanhaIsraelItáliaNoruegaEstados Unidos da América e outros países ofereceram a sua ajuda. Porém como o submarino continha tecnologia classificada como de segredo militar, os russos foram reticentes em aceitar tal ajuda.

Nenhuma autoridade russa admitiu que 23 membros da guarnição terão conseguido sobreviver por um período de dois dias após o acidente. Depois da explosão no compartimento dos mísseis, estes tripulantes terão conseguido refugiar-se no compartimento número nove do submarino, estanque e localizado na proa, daí emitindo sinais de socorro durante 48 horas.
As autoridades da Rússia só aceitaram a ajuda dos noruegueses e britânicos quatro dias depois do acidente. O facto mais constrangedor para o Governo Russo foi ver os homens-rã ocidentais, com roupas especiais e descendo em “sinos” (equipamentos de resgate), realizar a operação de descida e abertura das escotilhas em menos de um dia. A justificativa da Marinha Russa era a necessidade de se preservarem os segredos militares do submarino nuclear.

Na segunda-feira,  21 de Agosto, às 07.45 da manhã, quatro mergulhadores noruegueses da empresa Stolt Comex Seaway conseguiram abrir a primeira escotilha do submarino. Os homens-rã deparam-se com o cenário mais temido. “Todos os compartimentos estão inundados e nenhum membro da tripulação sobreviveu”, declarou o vice-almirante russo Mikhail Motsak.

A hipótese mais coerente para justificar o acidente é a de que no lançamento de um torpedo este tenha explodido, atingindo ainda outros compartimentos do navio. 

quinta-feira, 11 de agosto de 2016

Morre Pedro Nunes - Efeméride 11 de Agosto


Efeméride 11 de Agosto – Morre Pedro Nunes

Pedro Nunes (Alcácer do Sal, 1502 — Coimbra, 11 de agosto de 1578 – faz hoje 438 anos), com o nome latinizado Petrus Nonius, foi um matemático português que ocupou o cargo de cosmógrafo-mor para o Reino de Portugal. Foi um dos maiores vultos científicos do seu tempo. Contribuiu decisivamente para o desenvolvimento da navegação teórica, tendo-se dedicado, entre outros, aos problemas matemáticos da cartografia. Foi ainda inventor de vários instrumentos de medida, incluindo o "anel náutico", o "instrumento de sombras", e o nónio (nonius, o seu sobrenome em latim).

Em 1544 foi-lhe confiada a cátedra de matemática da Universidade de Coimbra, a maior distinção que se podia conferir, no país, à época, a um matemático.

Anel náutico
Subsistem ainda hoje dúvidas sobre a origem familiar de Pedro Nunes. Judeu ou não, o certo é que os seus netos Matias Pereira e Pedro Nunes Pereira foram detidos, interrogados e condenados pelo Santo Ofício, sob a acusação de judaísmo. O primeiro esteve detido de 31 de Maio de 1623 a 4 de Junho de 1631; o segundo, em Lisboa, de 6 de Junho de 1623 a 1632.

A infância de Pedro Nunes é pouco conhecida. Estudou na Universidade de Salamanca talvez de 1521 a 1522, e na Universidade de Lisboa (que mais tarde veio a ser transferida para Coimbra, transformando-se na Universidade de Coimbra) onde obteve a graduação em medicina em 1525.

Posteriormente prosseguiu os seus estudos de Medicina, mas também leccionou várias disciplinas na Universidade de Lisboa, incluindo Moral, Filosofia, Lógica e Metafísica. Quando, em 1537, a universidade retornou para Coimbra, ele transferiu-se para a refundada Universidade de Coimbra para lecionar matemática, cargo que manteve até 1562.

Instrumento de Sombras
À época, esta era uma disciplina nova naquela instituição, tendo sido criada com o intuito de fornecer as instruções técnicas necessárias para a navegação, que se tornara um tópico vital no país, à época.

Além de se dedicar ao ensino, foi nomeado Cosmógrafo Real em 1529 e tornou-se o primeiro Cosmógrafo-mor do Reino em 1547, (1521 – 1557 D. João III "O Piedoso" - 6 Junho 1502 Lisboa -11 Junho 1557 Belém) cargo que exerceu até seu falecimento, e onde foi sucedido por Tomás de Orta.

Em 1531, João III de Portugal encarregou-o da educação dos seus irmãos mais novos, Luís e Henrique. Anos depois, foi também responsável pela educação do neto do rei (e futuro rei), Sebastião.

Nónio


Fonte: Wikipédia, a enciclopédia livre


quarta-feira, 10 de agosto de 2016

Conquista de Malaca - Efeméride de 10 de Agosto


Efeméride de 10 de Agosto – Conquista de Malaca

A conquista de Malaca, levada a efeito por Afonso de Albuquerque[i], ocorreu em 1511 (10 de Agosto?).

A cidade portuária de Malaca controlava o estratégico estreito de Malaca, por onde todo o comércio de alto-mar entre a China e a Índia estava concentrado. A captura de Malaca resultou de um plano do rei de D. Manuel I, que em 1505 havia resolvido impedir o comércio muçulmano no Oceano Índico, através da captura de Aden, a fim de bloquear o comércio através de Alexandria, a captura de Ormuz, a fim de bloquear o comércio através de Beirute, e Malaca para controlar o comércio com a China.

Em Fevereiro de 1511 chegou através de um mercador hindu chamado Nina Chatu uma carta de Rui de Araújo, um dos prisioneiros portugueses em Malaca, instando a avançar e dando pormenores sobre os procedimentos.

Albuquerque mostrou-a a Diogo Mendes de Vasconcelos, como argumento para avançar numa frota conjunta. Em Abril de 1511, após fortificar Goa, reuniu uma força de cerca de 900 portugueses e 200 mercenários hindus, e cerca de dezoito navios.

Contrariando as ordens do reino e sob os protestos de Diogo Mendes de Vasconcelos, que reclamava para si o comando da expedição, zarpou de Goa preparado para a conquista e instado a libertar os portugueses. Sob as suas ordens estava Fernão de Magalhães, que participara na embaixada falhada de Diogo Lopes de Sequeira em 1509.

Malaca, era a cidade mais rica que os portugueses tentavam tomar, ponto mais importante a leste da rede onde se encontravam mercadores malaios, guzerates, chineses, japoneses, javaneses, bengaleses, persas e árabes, entre outros, num comércio descrito por Tomé Pires como senso de valores inestimáveis.

Defendida por um poderoso exército de mercenários e artilharia, estimado em 20.000 homens e mais de 2000 peças. Em 24 de Agosto os portugueses atacaram pela segunda vez, mas o sultão e os seus aliados guzerates haviam partido. Sob ordens firmes procedem ao saque da cidade, respeitando as bandeiras, no que seria mesmo assim um saque fabuloso.

Albuquerque permaneceu na cidade, construindo de imediato uma fortaleza, preparando as defesas contra um eventual contra-ataque.

 
Famosa porta da Fortaleza de Malaca
Em Malaca Albuquerque estabeleceu a administração portuguesa, nomeando Rui de Araújo feitor e designando Nina Chatu para substituir o anterior
bendahara, como representante da população "kafir" e conselheiro. Além de auxiliar na governação da cidade e cunhagem de moeda, este forneceu também os juncos onde seguiram diversas missões diplomáticas. Simultaneamente, prendeu e executou impiedosamente o poderoso mercador javanês Utimuta Raja, a quem fora dado o cargo de representante da população javanesa, mas que manteve contactos com a família real no exílio.

Fonte: Wikipédia, a enciclopédia livre.



[i] Afonso de Albuquerque,nasceu em 1453, em Alhandra e morreu em 1515, em Goa

  



terça-feira, 9 de agosto de 2016

Batalha de La Lys - Efeméride de 9 de Agosto


Efeméride de 9 de Agosto – Batalha de La Lys

1918 - Na I Grande Guerra Mundial 1914-18, o Corpo Expedicionário Português (CEP) é destroçado na Batalha de La Lys, em França.

A Batalha ocorre a 9 de Abril de 1918, durante a Primeira Guerra Mundial, entre as forças da Alemanha e do Império Austro-Húngaro, por um lado, e a coligação de países em que se destacavam a Inglaterra, a França e Portugal, por outro.

A batalha decorreu numa planície pantanosa banhada pelo Rio Lys e seus afluentes. As forças portuguesas assumiram a disposição de um trapézio, cuja face voltada para o inimigo se estendia por 11 km, e dispuseram-se em três linhas de defesa.

O Corpo Expedicionário Português (CEP) viveu dias de terror, no dia 9 para 10 de Abril daquele ano, na já referida, quando a 2ª Divisão do CEP constituída por cerca de 20 000 homens, dos quais somente 15 000 estavam nas primeiras linhas, comandados pelo general Gomes da Costa, retirava dos campos de batalha para ser substituída, sofre um dos maiores bombardeamentos do exército alemão seguido de um ataque em massa com grande resistência por parte dos portugueses, o CEP acaba por desaparecer.

Este terá sido um dos mais sangrentos confrontos em que esteve envolvido o Corpo Expedicionário Português, tendo sido contabilizadas as seguintes baixas: 1341 mortos, 4626 feridos, 1932 desaparecidos e 7440 prisioneiros.




Fonte: (Batalha de La Lys. In Infopédia)