Dom Afonso
Henriques, (O Conquistador O Fundador ou O Grande), primeiro Rei de Portugal,
nasce em 1109, o seu local de nascimento não é certo, sendo que os
historiadores dividem-se entre Guimarães (25 de Julho), Viseu (15 de Agosto) ou
Coimbra e faleceu em Coimbra (ou terá sido na Galiza? a 8 de Dezembro de 1185.
Filho do Conde
Henrique de Borgonha e de Dona Teresa, filha ilegítima do rei Afonso VI de Leão
e Castela, criado por Soeiro Mendes de Sousa e sua mulher no Condado
Portucalense teve uma nobre educação no aspeto político, com isto se tornou um
elemento congregado e legitimador, no ano de 1120 junto com Dom Paio Arcebispo
de Braga assumiu uma posição política contraria a de sua mãe, que apoiava os
Travas, e em virtude de sua posição foi obrigado a emigrar junto com Dom Paio
Decorria o ano
de 1122 quando se armou cavaleiro na Catedral de Zamora ou em Tui, segundo
outras fontes.
No seu retorno
ao Condado, em 1128, defrontou e venceu as tropas de sua mãe, Dona Teresa e de
Fernão Peres de Trava na Batalha de São Mamede e assumiu o governo do condado
com o objetivo de firmar a independência, para tal definiu uma política baseada
na defesa de seu condado contra Leão e Castela ao norte e Leste e contra os
Mouros ao sul, negociou com a Santa Sé no sentido de ver reconhecido a
independência de seu reino e de conseguir a autonomia plena da igreja
portuguesa.
Dom Afonso
Henriques fundou o Mosteiro de Santa Cruz em Coimbra, no ano de 1131 erigiu
diversos castelos onde se destaca o de Leiria em 1135 sendo um dos pontos
estratégico para o desenvolvimento da reconquista, em 1137 venceu os leoneses
em Cerneja, e no ano de 1139 venceu a Batalha de Ourique contra os Mouros.
Em 1139,
depois de uma estrondosa vitória na batalha de Ourique, por curiosidade a 25 de
Julho, contra um forte contingente mouro, D. Afonso Henriques autoproclamou-se rei
de Portugal, com o apoio das suas tropas. Segundo a tradição, a independência
foi confirmada mais tarde, nas míticas cortes de Lamego, quando recebeu a coroa
de Portugal do arcebispo de Braga, Dom João Peculiar, se bem que estudos
recentes questionem a reunião destas cortes. Em 1140 Afonso assina pela
primeira vez "Ego Alfonsus portugalensium Rex.
Em 1143 presta
vassalagem à Santa Sé e na reunião de Zamora é reconhecida a sua realeza por
Dom Afonso VII de Leão e Castela, seu primo. Porém só em 1179 com a Bula
Manifesto Probatório do Papa Alexandre III designou Dom Afonso Henriques como
rei concedendo-lhe o direito de conquistar territórios Mouros para alargamento
do seu território. Em 1147, Dom Afonso Henriques conquistou a Cidade de
Santarém e Lisboa com a ajuda de cruzados, tendo tambem tomado as cidades de
Almada e Palmela que se entregaram sem lutar.
Em 1159 Dom
Afonso Henriques tomou Évora e Beja a qual perderia pouco depois a favor dos
Mouros, a reconquista de Beja e Évora por Dom Afonso Henriques deu-se em 1162
com a ajuda de Geraldo Sem Pavor, lenda ou realidade? tendo de quando de sua
morte deixado para seu filho, Dom Sancho I, um território perfeitamente
definido e independente.
Dom Afonso
Henriques, o primeiro rei de Portugal, ou seja, aquele infante que, em dado
momento do séc. XII, decidiu intitular-se a si próprio rei e obteve pouco a
pouco, habilmente, o reconhecimento da independência do condado que governava e
que, até então, dependia do reino de Leão – Afonso Henriques, filho de Henrique
de Borgonha e de Teresa, por sua vez filha bastarda de Afonso VI, o famoso rei
de Leão e de Castela que reconquistou Toledo aos mouros – é um personagem cuja
história e feitos impressionaram visivelmente a imaginação dos seus
contemporâneos e sobretudo a imaginação das gerações que se seguiram.
Em 1139-1140, como
já vimos, decidia adotar o título de rei dos Portugueses e, em 1143, obtinha
que o imperador Afonso VII de Leão e Castela reconhecesse o seu direito a assim
se intitular. Entre 1140 e 1169, a sua história é a de toda uma série de
vitórias sobre os mouros, que lhe permitiram deslocar a fronteira da
reconquista da linha do rio Mondego até ao interior da província do Alentejo,
ou seja até bastante ao Sul da linha do Tejo. Ainda que os contra-ataques dos
mouros, no fim do seu reinado, lhe tenham feito perder uma parte do território
meridional já reconquistado, a linha do Tejo nunca mais foi atravessada pelos
mouros.
As duas
grandes cidades de Lisboa e Santarém ficaram sempre portuguesas, a partir do
momento em que Dom Afonso Henriques as reconquistou em 1147. Toda esta sucessão
de vitórias não podia deixar de impressionar os seus contemporâneos. Mas a sua
imaginação não foi menos abalada pelo acidente inesperado que provocou, em
1169, em Badajoz, a prisão do rei de Portugal pelo seu genro, o rei Fernando de
Leão, com o qual ele se encontrava em guerra. Afonso foi feito prisioneiro,
depois de o ferrolho de uma das portas da cidade lhe partir a perna direita,
quando ele saía, a correr, montado no seu cavalo. Este desastre, de que este
rei sempre vitorioso foi vítima, encontra-se aludido até nas fórmulas que
servem para datar alguns documentos leoneses.
Neles se fala
do “ano em que o rei de Portugal foi feito prisioneiro em Badajoz”. Rapidamente
posto em liberdade pelo seu genro, em troca de algumas cidades que ainda
possuía na Galiza, Afonso I reinou até ao ano de 1185, quanto tinha atingido a
idade de cerca de 76 anos. Tinha governado durante 57 anos.
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