segunda-feira, 15 de abril de 2019

Efeméride de Abril – festividades da Páscoa

A Quaresma começa na Quarta-feira de Cinzas, dando inicio às festividades da Páscoa, e termina no Domingo de Ramos. Quaresma é a designação do período de quarenta dias que antecedem a principal celebração do cristianismo: a Páscoa, a ressurreição de Jesus Cristo, que é comemorada no domingo e praticada desde o século IV.

Para os menos versados nestes assuntos do cristianismo aqui deixo um “pequeno” texto sobre a época Pascal que estamos a atravessar. Quero deixar claro que não foi minha intenção apresentar esta quadra com grande rigor “Cristão” mas somente deixar uma breve explicação das festividades. 

 A Páscoa Cristã é uma das festividades mais importantes para o cristianismo, pois representa a ressurreição de Jesus Cristo. Esta quadra começa com a “Quaresma” seguindo-se a “Semana Santa” iniciada com o “Domingo de Ramos”, ultimo domingo da Quarema, “Sexta-feira Santa”, “Domingo de Páscoa”, “Ascensão” e “Pentecostes”.

A Páscoa é comemorada anualmente no primeiro domingo após a primeira lua cheia que ocorre no início da primavera (no Hemisfério Norte) e do outono (no Hemisfério Sul). Desse modo a data ocorre sempre entre os dias 22 de Março e 25 de Abril.

Quaresma é a designação do período de quarenta dias que antecedem a principal celebração do cristianismo: a Páscoa, a ressurreição de Jesus Cristo, que é comemorada no domingo e praticada desde o século IV.

A Quaresma começa na Quarta-feira de Cinzas e termina no Domingo de Ramos, anterior ao Domingo de Páscoa. Durante os quarenta dias que precedem a Semana Santa e a Páscoa, os cristãos dedicam-se à reflexão, à conversão espiritual recolhendo-se em oração e penitência para lembrar os 40 dias passados por Jesus no deserto e os sofrimentos que ele suportou na cruz.

Durante a Quaresma a Igreja veste os seus ministros com vestimentas de cor roxa, que simboliza tristeza e dor. A quarta-feira de cinzas é um dia usado para lembrar o fim da própria mortalidade. É costume serem realizadas missas onde os fiéis são marcados na testa com cinzas. Essa marca normalmente permanece na testa até o pôr-do-sol. Esse simbolismo faz parte da tradição demonstrada na Bíblia, onde vários personagens jogavam cinzas nas suas cabeças como prova de arrependimento.

Na Bíblia, o número quarenta é bastante frequente, para representar períodos de 40 dias ou quarenta anos, que antecedem ou marcaram factos importantes: 40 dias de dilúvio, quarenta dias de Moisés no Monte Sinai, 40 dias de Jesus no deserto antes de começar o seu ministério, 40 anos de peregrinação do povo de Israel no deserto.

Cerca de duzentos anos após o nascimento de Jesus, os cristãos começaram a preparar a festa da Páscoa com três dias de oração, meditação e jejum. Por volta do ano 350 a Igreja aumentou o tempo de preparação para quarenta dias e foi assim que surgiu a Quaresma.

A Semana Santa começa com o Domingo de Ramos, que lembra a entrada de Jesus em Jerusalém, ocasião em que as pessoas cobriam a estrada com folhas da palmeira, para comemorar a sua chegada.

Domingo de Ramos é uma festa móvel cristã celebrada no domingo antes da Páscoa. A festa comemora a entrada triunfal de Jesus em Jerusalém, um evento da vida de Jesus mencionado nos quatro evangelhos canônicos (Marcos 11:1, Mateus 21:1-11, Lucas 19:28-44 e João 12:12-19). Na liturgia romana, este dia é denominado de "Domingo de Ramos e da Paixão do Senhor".

Em muitas denominações cristãs, o Domingo de Ramos é conhecido pela distribuição de folhas de palmeiras para os fiéis reunidos na igreja. Em lugares onde é difícil consegui-las por causa do clima, ramos de diversas árvores, tais como ramos de oliveira, são utilizados.

A Sexta-feira Santa é o dia em que os cristãos celebram a morte de Jesus na cruz. E por fim, com a chegada do Domingo de Páscoa, os cristãos celebram a Ressurreição de Cristo e a sua primeira aparição entre os seus discípulos.

Sexta-feira Santa ou Sexta-Feira da Paixão é uma data religiosa cristã que relembra a crucificação de Jesus Cristo e sua morte no Calvário. O feriado é observado sempre na sexta-feira que antecede o Domingo de Páscoa, o sexto dia da Semana Santa no cristianismo ocidental e o sétimo no cristianismo oriental (que conta também o Sábado de Lázaro, anterior ao Domingo de Ramos). É o primeiro dia (que começa na noite da celebração da Missa da Ceia do Senhor) do Tríduo Pascal e pode coincidir com a data da Páscoa judaica.

De acordo com os relatos nos evangelhos, os guardas do templo, guiados pelo apóstolo Judas Iscariotes, prenderam Jesus no Getsêmani. Depois de beijar Jesus, o sinal combinado com os guardas para demonstrar que era o líder do grupo, Judas recebeu trinta moedas de prata (Mateus 26:14-16) como recompensa. Depois da prisão, Jesus foi levado à casa de Anás, o sogro do sumo-sacerdote dos judeus, Caifás. Sem revelar nada durante seu interrogatório, Jesus foi enviado para Caifás, que tinha consigo o Sinédrio reunido (João 18:1-24).

Este dia é considerado um feriado nacional em muitos países pelo mundo todo e em grande parte do ocidente, especialmente as nações de maioria cristã.

A Páscoa já era comemorada antes do surgimento do Cristianismo. Tratava-se da comemoração do povo judeu por terem sido libertados da escravidão no Egipto, por volta do ano de 1400 AC, tendo durado aproximadamente 400 anos.

Domingo de Páscoa ou Domingo da Ressurreição é uma festividade religiosa e um feriado que celebra a ressurreição de Jesus ocorrida três dias depois da sua crucificação no Calvário, conforme o relato do Novo Testamento. É a principal celebração do ano litúrgico cristão e também a mais antiga e importante festa cristã. A data da Páscoa determina todas as demais datas das festas móveis cristãs, exceto as relacionadas ao Advento. O domingo de Páscoa marca o ápice da Paixão de Cristo e é precedido pela Quaresma, um período de quarenta dias de jejum, orações e penitências.

A Ascensão de Jesus foi um evento na vida de Jesus relatado no Novo Testamento de que Jesus ressuscitado foi elevado ao céu com seu corpo físico, na presença de onze de seus apóstolos, ocorrendo no quadragésimo dia da ressurreição (sempre uma quinta-feira) no monte das Oliveiras. Na narrativa bíblica, um anjo informa os discípulos que a segunda vinda de Jesus irá ocorrer da mesma forma que a sua ascensão.

Os evangelhos canônicos incluem duas breves descrições da ascensão de Jesus, em Lucas 24:50-53 e Marcos 16:19. Uma descrição mais detalhada da ascensão corporal de Jesus às nuvens aparece em Atos 1:9-11.

Pentecostes é uma das celebrações mais importantes do calendário cristão e, comemora, segundo esta crença, a descida do Espírito Santo sobre os apóstolos de Jesus Cristo e sobre Maria, sua mãe. O Pentecostes é celebrado 50 dias depois do domingo de Páscoa. O dia de Pentecostes ocorre no sétimo dia depois do dia da Ascensão de Jesus. Isto porque ele ficou quarenta dias após a ressurreição dando os últimos ensinamentos a seus discípulos, somando aos três dias em que ficou na sepultura somam quarenta e três dias, para os cinquenta dias que se completam da páscoa até o último dia da grande festa de Pentecostes, sobram sete dias; e foram estes os dias em que os discípulos permaneceram no cenáculo até a descida do Espírito Santo no dia de Pentecostes.

O Pentecostes é histórica e simbolicamente ligado ao festival judaico da colheita, que comemora a entrega dos Dez Mandamentos no Monte Sinai cinquenta dias depois do Êxodo. Para os católicos, o Pentecostes celebra a descida do Espírito Santo sobre os apóstolos e seguidores de Jesus, através do dom de línguas, como descrito no Novo Testamento, durante aquela celebração judaica do quinquagésimo dia em Jerusalém. Por esta razão o dia de Pentecostes é, às vezes, considerado o dia do nascimento da igreja. O movimento pentecostal tem o seu nome derivado desse evento.

Segundo a Bíblia, supostamente Jesus teria participado de várias celebrações pascais. Quando tinha doze anos de idade foi levado pela primeira vez pelos seus pais, José e Maria, para comemorar a Páscoa, conforme narram algumas das histórias do Novo Testamento da Bíblia.

A mais famosa participação relatada na bíblia foi a "Última Ceia", onde Jesus e os seus discípulos fizeram a "comunhão do corpo e do sangue", simbolizados pelo pão e pelo vinho.

Não podia deixar de me referir às comemorações da Páscoa judaica

A Páscoa instituída entre os judeus - Pessach - é comemorada pela conquista da liberdade dos hebreus, que viviam como escravos no Egito. 

Essa libertação coincidiu com a Primavera, que ocorria no mês hebraico (nissan) que corresponde mais ou menos aos últimos dias de março e meados de abril.

As comemorações fundiram-se com as tradições religiosas de seu povo. A Páscoa foi ampliada pelo cristianismo com um novo sentido.

Os judeus seguem a tradição descrita no livro do Êxodo: “E este dia vos será por memória, e celebrá-lo-eis por festa ao SENHOR; nas vossas gerações o celebrareis por estatuto perpétuo” (Êxodo 12.14).

Durante as festividades da Pessach / Pesach, é feito um jantar especial de comemoração chamado "Sêder de Pessach", que tem o objetivo de reunir toda a família. O Pessach judeu é comemorado durante sete dias.

Durante a Semana Santa, vários símbolos fazem parte do ritual das comemorações, entre eles:

Os ramos de palmeira

A Semana Santa começa com o Domingo de Ramos, que lembra a entrada de Jesus em Jerusalém, ocasião em que as pessoas cobriam a estrada com folhas de palmeira, para comemorar sua chegada.

Atualmente, as folhas de palmeiras são usadas na decoração das Igrejas durante as comemorações da Semana Santa, como um sinal de “boas-vindas a Cristo”.

Cordeiro

Este é um dos símbolos mais antigos da Páscoa, lembrando a aliança que Deus teria feito com o povo judeu no Antigo Testamento.

Naquela época, a Páscoa era celebrada com o sacrifício de um cordeiro.

Para os cristãos, Jesus Cristo é o “cordeiro de Deus que tirou os pecados do mundo”.

Círio Pascal

O Círio Pascal é uma grande vela, decorada com as letras gregas alfa e ômega, que significam “início” e “fim”, respectivamente, e usada durante as missas da Semana Santa.

Durante a Vigília Pascal é inserido na vela os cinco pontos das chagas de Cristo na cruz.

É acesa no Sábado de Aleluia e sua Luz representa a Ressurreição de Cristo.

O Peixe

O peixe é um símbolo trazido dos apóstolos que eram pescadores.

É um símbolo de vida, usado pelos primeiros cristãos, no acróstico IXTUS - peixe em grego. 

As letras são as iniciais de "Iesus Xristos Theos Huios, Sopter", que significa "Jesus Cristo, Filho de Deus, o Salvador".

Faz parte do ritual da Semana Santa comer peixe na Sexta-feira Santa, para lembrar o ritual dos 40 dias de jejum de carne, seguidos pelos cristãos durante a Quaresma.

Ovo de Páscoa

Por representar o nascimento e a vida, presentear com ovos era um costume antigo entre os povos do Mediterrâneo.

Durante as festividades para comemorar o início da primavera e a época de plantio, os ovos eram cozidos, pintados e presenteados, para representar a fertilidade e a vida.

O costume passou a ser seguido durante as festividades dos cristãos, onde eram pintados com imagens de Jesus e Maria, representando simbolicamente o nascimento do Messias.

Muitas culturas mantêm até hoje esse costume. No mundo moderno, o ovo fabricado com chocolate virou uma tradição de presente no Domingo de Páscoa.

Coelho de Páscoa

O coelho de Páscoa tornou-se o símbolo da fertilidade e da vida, devido a particularidade deste animal de se reproduzir em grandes ninhadas.

Está relacionado com a Páscoa por representar a esperança de vida na Ressurreição de Jesus Cristo.

Vários povos da antiguidade já consideravam o coelho como símbolo da fertilidade, pois com a chegada da primavera, eram os primeiros animais a saírem de suas tocas.

Com o passar dos tempos, os coelhinhos de chocolate entraram para os costumes das festividades da Semana da Páscoa.

Assim como os ovos de chocolate, os coelhinhos viraram tradição de presente no Domingo de Páscoa.

Sem comentários:

Enviar um comentário