O NRP Schultz
Xavier (A521) foi um navio balizador e de combate à
poluição da Marinha de Guerra Portuguesa. Construído no Arsenal do Alfeite,
entrou ao serviço a 14 de Julho de 1972 recebendo o nome em homenagem ao
contra-almirante Júlio Zeferino Schultz Xavier[i], o engenheiro hidrógrafo
que, na primeira década do século XX, reorganizou os faróis em Portugal.
Mantendo
o número de amura "A521", o navio substituiu o NRP Almirante
Schultz.
O Schultz Xavier[ii]
tendo como principal missão a balizagem e apoio aos faróis dos portos de Portugal
Continental, Açores e Madeira, dispondo para o efeito de uma embarcação de
apoio e de uma grua de 12 toneladas, bem como porões para transporte de
material diverso. A sua configuração de navio balizador permitia-lhe ainda
apoiar operações de salvamento marítimo, designadamente, o reboque, o
desencalhe de navios de porte médio, a recuperação de objectos afundados, bem
como apoiar exercícios navais.
Em
1997, com a instalação de uma câmara hiperbárica, o navio aumentou a sua
capacidade de apoio a operações com mergulhadores, motivando a redefinição do
seu conceito de emprego e a aprovação de novas tarefas tipo.
A
9 de Março de 2017, após mais de 44 anos de
atividade operacional, de 36.201 mil horas navegadas e de muitas missões
cumpridas, o NRP Schultz Xavier despede-se “abandonando a vida activa, ao serviço
de Portugal.
Obrigado NRP Schultz Xavier e a todas as tuas guarnições
que sempre souberam honrar Portugal servindo na Marinha.
[i]
O
contra-almirante Júlio Zeferino Schultz Xavier nasceu em Alhandra em 4 de
Outubro de 1840 e assentou praça na Armada em 18 de Outubro de 1869 como
aspirante extraordinário, tendo passado ao quadro em 2 de Agosto de 1870. Foi
promovido a guarda-marinha em 2 de Outubro de 1872 e a segundo-tenente a 20 de
Novembro de 1875.
Tornou-se conhecido e justamente respeitado devido aos seus trabalhos de grande envergadura como engenheiro hidrógrafo, especialmente a elaboração do Plano de Farolagem e Balizagem da Costa de Portugal. Devido à sua competência e actividade, a Costa Portuguesa deixou de ser designada por “Costa Negra”.
Tornou-se conhecido e justamente respeitado devido aos seus trabalhos de grande envergadura como engenheiro hidrógrafo, especialmente a elaboração do Plano de Farolagem e Balizagem da Costa de Portugal. Devido à sua competência e actividade, a Costa Portuguesa deixou de ser designada por “Costa Negra”.
Elaborou
também o plano de Farolagem da Costa de Moçambique. Foi promovido a
contra-almirante em 1911.
[ii]
O NRP
Almirante Schultz (1929-1970) foi o primeiro navio balizador da Direcção de
Faróis da Armada Portuguesa. Entrou ao serviço em 1929 e recebeu o nome em
homenagem ao contra-almirante Júlio Zeferino Schultz Xavier, o engenheiro
hidrógrafo que na primeira década do século XX reorganizou os faróis em Portugal.
Foi
abatido em 1970, mas o nome continuou no navio que o veio substituir, o NRP
Schultz Xavier, aumentado ao efectivo da Armada em Julho de 1972. Ambos partilham
o mesmo número de amura: A 521.
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