A Guerra da Restauração, conjunto de confrontos armados travados
entre os Reinos de Portugal e Espanha, com excepção
da Catalunha, no período compreendido entre 1640 e 1668,
com início no golpe de estado da Restauração da
Independência de 1 de Dezembro de 1640 — que pôs fim à
Dinastia Filipina iniciada em 1580 — e terminaram com o Tratado de
Lisboa de 1668, assinado por Afonso VI de Portugal e Carlos II
de Espanha e no qual se reconhece a total independência de Portugal, desenvolveu-se
quase completamente no Alentejo onde se registaram importantes
embates como a Batalha das Linhas de Elvas, a Batalha do
Ameixial e a batalha de Montes Claros.
Mal sucedidos no Alentejo, e desejosos de vingar o saque da
vila espanhola de Sobradillo pelas forças portuguesas sob o
comando de Pedro Jacques de Magalhães, uma força de 3.000 homens sob o
comando do Duque de Ossuna, forçou a sua entrada em território português pela
fronteira da Beira, tendo imposto cerco à vila de Castelo Rodrigo.
O Castelo de Castelo Rodrigo encontrava-se guarnecido, na
ocasião, por uma pequena guarnição de apenas 150 homens. Avisado, Pedro
Jacques de Magalhães reuniu à pressa o maior número de forças portuguesas
disponíveis e acorreu em defesa de Castelo Rodrigo.
A batalha ocorreu a 7 de Julho de 1664, no lugar da Salgadela, freguesia
da Mata de Lobos, no termo do concelho de Castelo Rodrigo (donde o nome
alternativo por que é conhecida - batalha da Salgadela) e onde consta um
padrão comemorativo.
Repelido o primeiro assalto, o comandante português, aproveitando o cansaço
das tropas espanholas, contra-atacou, obrigando-as à retirada.
Embora a tradição local afirme que o duque de Ossuna e o próprio
D. João de Áustria conseguiram escapar com vida disfarçados
de frades, concretamente permaneceram em mãos portuguesas valiosos
despojos, incluindo o arquivo do duque de Ossuna, com documentos do maior
interesse histórico.
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