terça-feira, 2 de agosto de 2016

Efeméride de 3 de Agosto – Cristóvão Colombo

Efeméride de 3 de Agosto – Cristóvão Colombo

A 3 de Agosto de 1492  Cristóvão Colombo parte de Palos de la Frontera, na Espanha, rumo à ainda desconhecida América.

Enquanto Portugal tentava chegar às índias, contornando o litoral africano, um genovês,  Cristóvão Colombo,  procurava financiamento para chegar às índias contornando a Terra, entretanto, acabou por engano descobrir a América.

O irmão de Colombo, Bartolomeu, trabalhava como cartógrafo do reino português e, graças a ele, Colombo conviveu com os melhores do mundo nos campos da geografia, cartografia, astronomia e arte náutica.
Em 1485, apresentou ao rei D. João II um projecto em que se propunha atingir as índias via Ocidente. O plano foi recusado, pois Portugal estava firmemente convicto que chegaria às índias contornando o litoral africano, dobrando o cabo das tormentas.
Com a recusa, Colombo ofereceu os seus serviços à Inglaterra e à França. Em vão. Restava a Espanha. Mas a Espanha dessa época, 1486, estava envolvida na reconquista de Granada.
Em 1488, Colombo retornou a Portugal, onde foi recebido pelo rei. Infelizmente, para Colombo, Bartolomeu Dias contornou o sul da África – Cabo da Boa Esperança -, abrindo o caminho para as índias.
Nada mais restava a fazer em Portugal. Colombo regressou a Espanha.
Os projectos de Colombo foram submetidos à análise de uma comissão da Universidade de Salamanca, que acabou por refutar o projecto, baseando-se nas Escrituras e em Santo Agostinho e afirmando que a “Terra é plana e é impossível chegar ao Oriente pelo Ocidente”. Se contestasse essa afirmação, Colombo corria o risco de ser condenado pela Inquisição.

Em 02 de Janeiro de 1492 os reis católicos finalmente retomaram Granada e entraram triunfalmente na cidade. Colombo também compareceu, aproveitando o momento de euforia e acenando com promessas de riquezas e expansão da fé. Colombo finalmente conseguiu apoio para o seu projecto.
Em 03 de Agosto de 1492, do porto de Paios saíram a nau “Santa Maria”, comandada por Colombo, e as caravelas “Pinta” e “Nina”, comandadas pelos irmãos Pinzon, em direcção às índias, navegando rumo ao poente, para demonstrar que o “ponto de chegada seria o mesmo da partida”.

Em 12 de Outubro de 1492, Colombo aportou na ilha de Guanaani,  que foi baptizada de San Salvador, na América Central.

Durante mais de três meses percorreu a região, de ilha em ilha.
Entretanto, não havia sinal algum das “riquezas incalculáveis”, dos “telhados de ouro”, das “jóias deslumbrantes”, das “cidades jamais sonhadas”, descritas pelo viajante Marco Pólo.
Mesmo assim, diante de habitantes nus, sem palácios, Colombo acreditava ter atingido o reino de Cipango (Japão) e, portanto, as índias. Desse erro geográfico, os nativos americanos acabaram sendo conhecidos como índios.

Voltando à Espanha, mesmo sem riquezas fabulosas e especiarias, Colombo foi muito bem recebido pelos reis e conseguiu um novo financiamento para uma outra viagem em busca dos “telhados de ouro” de que falara Marco Pólo.
Realizou mais duas viagens, sem, entretanto, chegar às índias.
Nesse período, Vasco da Gama atingira as índias, em 1498, e Cabral tomara posse do Brasil, em 1500.
Em 1503, a sua protectora, a rainha Isabel, morreu. Três anos mais tarde, sem prestígio e sem honras oficiais, Colombo morreu em Valladolid.
Segundo a historiografia, coube a Américo Vespúcio a constatação de que essas terras formavam um novo continente,  que leva o nome América em sua homenagem.



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