Efeméride de 3 de Agosto – Cristóvão Colombo
A 3 de Agosto de 1492 – Cristóvão Colombo parte de Palos de la Frontera, na Espanha, rumo à
ainda desconhecida América.
Enquanto Portugal
tentava chegar às índias, contornando o litoral africano, um genovês, Cristóvão Colombo, procurava
financiamento para chegar às índias contornando a Terra, entretanto, acabou por
engano descobrir a América.
O irmão de Colombo, Bartolomeu, trabalhava como cartógrafo
do reino português e, graças a ele, Colombo conviveu com os melhores do mundo nos
campos da geografia, cartografia, astronomia e arte náutica.
Em 1485, apresentou ao rei D. João II um projecto em que se
propunha atingir as índias via Ocidente. O plano foi recusado, pois Portugal
estava firmemente convicto que chegaria às índias contornando o litoral
africano, dobrando o cabo das tormentas.
Com a recusa,
Colombo ofereceu os seus serviços à Inglaterra e à França. Em vão. Restava a
Espanha. Mas a Espanha dessa época, 1486, estava envolvida na reconquista
de Granada.
Em 1488, Colombo retornou a Portugal, onde foi recebido pelo
rei. Infelizmente, para Colombo, Bartolomeu Dias contornou o sul da África –
Cabo da Boa Esperança -, abrindo o caminho para as índias.
Nada mais restava a fazer em Portugal. Colombo regressou a Espanha.
Os projectos de Colombo foram submetidos à análise de uma
comissão da Universidade de Salamanca, que acabou por refutar o projecto,
baseando-se nas Escrituras e em Santo Agostinho e afirmando que a “Terra é
plana e é impossível chegar ao Oriente pelo Ocidente”. Se contestasse essa
afirmação, Colombo corria o risco de ser condenado pela Inquisição.
Em 02 de Janeiro de 1492 os reis católicos finalmente
retomaram Granada e entraram triunfalmente na cidade. Colombo também
compareceu, aproveitando o momento de euforia e acenando com promessas de
riquezas e expansão da fé. Colombo finalmente conseguiu apoio para o seu projecto.
Em 03 de Agosto de 1492, do porto de Paios saíram a nau “Santa
Maria”, comandada por Colombo, e as caravelas “Pinta” e “Nina”, comandadas
pelos irmãos Pinzon, em direcção às índias, navegando rumo ao poente, para
demonstrar que o “ponto de chegada seria o mesmo da partida”.
Em
12 de Outubro de 1492, Colombo aportou na ilha de Guanaani,
que foi baptizada de San Salvador, na América Central.
Durante mais de três meses percorreu a região, de ilha em ilha.
Entretanto, não havia sinal algum das “riquezas
incalculáveis”, dos “telhados de ouro”, das “jóias deslumbrantes”, das “cidades
jamais sonhadas”, descritas pelo viajante Marco Pólo.
Mesmo assim, diante de habitantes nus, sem palácios,
Colombo acreditava ter atingido o reino de Cipango (Japão) e, portanto, as
índias. Desse erro geográfico, os nativos americanos acabaram sendo conhecidos
como índios.
Voltando à Espanha, mesmo sem riquezas fabulosas e especiarias,
Colombo foi muito bem recebido pelos reis e conseguiu um novo financiamento
para uma outra viagem em busca dos “telhados de ouro” de que falara Marco Pólo.
Realizou mais duas viagens, sem, entretanto, chegar às
índias.
Nesse período, Vasco da Gama atingira as índias, em 1498, e
Cabral tomara posse do Brasil, em 1500.
Em 1503, a sua protectora, a rainha Isabel, morreu. Três anos
mais tarde, sem prestígio e sem honras oficiais, Colombo morreu em Valladolid.
Segundo a historiografia, coube a Américo Vespúcio a constatação de que essas terras
formavam um novo continente,
que leva o nome América em
sua homenagem.
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