Efeméride 16 de Agosto – Morre Eça de Queirós
A 16 de Agosto de 1900, morre, em
Paris, o escritor português José Maria Eça de Queirós [ou Queiroz, conforme a
grafia vigente na sua época]. Iniciou a sua carreira nas letras, quando era
finalista do curso da Faculdade de Direito de Coimbra, com folhetins dominicais
na Gazeta de Portugal. De 1866 a 1875, Eça escreve temas românticos mas já com
processos de descrição realista. Fazem parte desta época, Prosas Bárbaras,
Mistério da Estrada de Sintra e alguns contos. De 1875 a 1887, entra na fase
realista, com uma forte crítica social. Neste período, cria o romance de
costumes, com análise objectiva e, por vezes, até cruel da sociedade, tendo por
sustentáculo a ironia. O Crime do Padre
Amaro, O primo Basílio, O Mandarim, A Relíquia, Uma Campanha Alegre e Os Maias,
pertencem a este período, sendo esta última obra considerada o expoente máximo
do realismo português. Numa terceira fase, de cariz nacionalista / realista
(1887 a 1900), de tendências por vezes excessivas, embora atenuadas pela
moderação e pelo sarcasmo, inserem-se A Ilustre Casa de Ramires, A Cidade e as
Serras, A Correspondência de Fradique Mendes, Últimas Páginas e diversos
contos.
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