segunda-feira, 22 de agosto de 2016

Fundação da Cruz Vermelha

O Comité Internacional da Cruz Vermelha  (CICV), fundado em 22 de Agosto? De 1863   é uma organização humanitária, independente e neutra, que se esforça em proporcionar protecção e assistência às vítimas da guerra e de outras situações de violência.

Com sede em Genebra, Suíça, possui um mandato da comunidade internacional para servir de guardião do Direito Internacional Humanitário, além de ser o órgão fundador do Movimento Internacional da Cruz Vermelha e do Crescente Vermelho.

No seu constante diálogo com os Estados, o CICV insiste continuamente no seu carácter neutro e independente.

A organização foi fundada por iniciativa de Jean Henri Dunant, em 1863, sob o nome de Comité Internacional para ajuda aos militares feridos, designação alterada, a partir de 1876, para Comité Internacional da Cruz Vermelha.

Actualmente, o CICV não tem se limitado apenas à protecção de prisioneiros militares, mas também a detidos civis em situações de guerra ou em nações que violem os Estatutos dos Direitos Humanos. Preocupa-se ainda com a melhoria das condições de detenção, a garantia do suprimento e distribuição de alimentos para as vítimas civis de conflitos, a prover assistência médica e a melhorar as condições de saneamento especialmente em acampamentos de refugiados ou detidos assim como em assistência a vítimas de desastres naturais, como enchentes,  terremotos,  furacões, especialmente em nações com carência de recursos próprios para assistência às vítimas.

O Comité Internacional da Cruz Vermelha baseia-se no princípio da neutralidade, não se envolvendo nas questões militares ou políticas, de modo a ser digna da confiança das partes em conflito e assim exercer suas actividades humanitárias livremente.

Desde que o CICV foi criado, seus fundadores identificaram a necessidade de utilizar um emblema único e universal, facilmente reconhecido. A ideia era que o emblema protegesse não apenas os feridos em campanha, mas também as pessoas que prestavam assistência, incluindo as unidades médicas, mesmo as do inimigo. De acordo com os Convénio de Genebra e seus Protocolos Adicionais, os emblemas reconhecidos são a cruz vermelha, o crescente vermelho e o cristal vermelho. Estes emblemas estão reconhecidos pelo direito internacional e têm a função de proteger as vítimas de conflitos e os trabalhadores humanitários que prestam assistências às mesmas.
Com 12,3 mil funcionários, o Comité Internacional da Cruz Vermelha está presente em mais de 80 países por meio de delegações, subdelegações, escritórios e missões. As actividades fazem parte do mandato da organização de proteger a vida e a dignidade das vítimas de guerra e de promover o respeito pelo Direito Internacional Humanitário.

A Cruz Vermelha Portuguesa foi criada em 11 de Fevereiro de 1865, pelo médico militar José António Marques que, no ano anterior, tinha representado o rei D. Luís I na conferência internacional que deu origem à I Convenção de Genebra.

Ao longo da sua história a Cruz Vermelha Portuguesa prestou auxílio em todas as guerras e grandes catástrofes que Portugal esteve envolvido. Prestou também auxílio internacional em situações de catástrofes e guerras no estrangeiro.

A Sociedade Portuguesa da Cruz Vermelha foi feita Grande-Oficial da Ordem Militar da Torre e Espada, do Valor, Lealdade e Mérito a 29 de Março de 1919, Grande-Oficial da Ordem Militar de Cristo a 29 de Outubro de 1925 e Grã-Cruz da Ordem de Benemerência a 5 de Outubro de 1933.  A 15 de Novembro de 1982 a Cruz Vermelha Portuguesa foi feita Membro-Honorário da Ordem do Infante D. Henrique.

O Comité Internacional da Cruz Vermelha é o corpo do Movimento Internacional mais honrado, tendo sido premiado três vezes com o Prémio Nobel da Paz  (1917,  1944, e 1963).


Fonte:  Wikipédia, a enciclopédia livre.

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