O Comité Internacional da Cruz Vermelha (CICV),
fundado em 22 de Agosto? De 1863 é uma organização humanitária,
independente e neutra, que se esforça em proporcionar protecção e assistência
às vítimas da guerra e de outras situações de violência.
Com sede em Genebra, Suíça, possui um mandato da
comunidade internacional para servir de guardião do Direito Internacional
Humanitário, além de ser o órgão fundador do Movimento Internacional da
Cruz Vermelha e do Crescente Vermelho.
No seu constante diálogo com os Estados, o CICV insiste
continuamente no seu carácter neutro e independente.
A organização foi fundada por iniciativa de Jean Henri
Dunant, em 1863, sob o nome de Comité Internacional para ajuda aos
militares feridos, designação alterada, a partir de 1876, para Comité
Internacional da Cruz Vermelha.
Actualmente, o CICV não tem se limitado apenas à protecção
de prisioneiros militares, mas também a detidos civis em situações de guerra ou
em nações que violem os Estatutos dos Direitos Humanos. Preocupa-se ainda
com a melhoria das condições de detenção, a garantia do suprimento e distribuição
de alimentos para as vítimas civis de conflitos, a prover assistência médica e
a melhorar as condições de saneamento especialmente em acampamentos de
refugiados ou detidos assim como em assistência a vítimas de desastres
naturais, como enchentes, terremotos, furacões, especialmente em
nações com carência de recursos próprios para assistência às vítimas.
O Comité Internacional da Cruz Vermelha baseia-se no
princípio da neutralidade, não se envolvendo nas questões militares ou políticas,
de modo a ser digna da confiança das partes em conflito e assim exercer suas actividades
humanitárias livremente.
Desde que o CICV foi criado, seus fundadores identificaram a
necessidade de utilizar um emblema único e universal, facilmente reconhecido. A
ideia era que o emblema protegesse não apenas os feridos em campanha, mas
também as pessoas que prestavam assistência, incluindo as unidades médicas,
mesmo as do inimigo. De acordo com os Convénio de Genebra e seus Protocolos
Adicionais, os emblemas reconhecidos são a cruz vermelha, o crescente vermelho
e o cristal vermelho. Estes emblemas estão reconhecidos pelo direito
internacional e têm a função de proteger as vítimas de conflitos e os trabalhadores
humanitários que prestam assistências às mesmas.
Com 12,3 mil funcionários, o Comité Internacional da Cruz
Vermelha está presente em mais de 80 países por meio de delegações,
subdelegações, escritórios e missões. As actividades fazem parte do mandato da
organização de proteger a vida e a dignidade das vítimas de guerra e de
promover o respeito pelo Direito Internacional Humanitário.
A Cruz Vermelha Portuguesa foi criada em 11 de
Fevereiro de 1865, pelo médico militar José António
Marques que, no ano anterior, tinha representado o rei D. Luís I na
conferência internacional que deu origem à I Convenção de Genebra.
Ao longo da sua história a Cruz Vermelha Portuguesa prestou
auxílio em todas as guerras e grandes catástrofes que Portugal esteve
envolvido. Prestou também auxílio internacional em situações de catástrofes e
guerras no estrangeiro.
A Sociedade Portuguesa da Cruz Vermelha foi feita
Grande-Oficial da Ordem Militar da Torre e Espada, do Valor, Lealdade e
Mérito a 29 de Março de 1919, Grande-Oficial da Ordem Militar de
Cristo a 29 de Outubro de 1925 e Grã-Cruz da Ordem de Benemerência a
5 de Outubro de 1933. A 15 de Novembro de 1982 a Cruz Vermelha Portuguesa
foi feita Membro-Honorário da Ordem do Infante D. Henrique.
O Comité Internacional da Cruz Vermelha é o corpo do
Movimento Internacional mais honrado, tendo sido premiado três vezes com o Prémio
Nobel da Paz (1917, 1944, e 1963).
Fonte: Wikipédia, a enciclopédia livre.
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