Em 27 de Janeiro
de 1945, o Exército Vermelho libertou Auschwitz, o maior campo de extermínio
dos nazis onde foram exterminadas pelo menos um milhão de pessoas ou mais,
dependendo das fontes.
Auschwitz foi
o maior e mais terrível campo de extermínio do regime de Hitler. Nas suas
câmaras de gás e crematórios foram mortas pelo menos um milhão de pessoas. No
auge do Holocausto, em 1944, eram assassinadas seis mil pessoas por dia.
Auschwitz tornou-se sinônimo do genocídio de judeus e, tantos outros grupos
perseguidos pelos nazis.
As tropas
soviéticas chegaram a Auschwitz, Polónia, na tarde de 27 de Janeiro de 1945, um
sábado. A forte resistência das tropas alemães terão causado mais de 230 mortos
entre os soviéticos. Oito mil prisioneiros foram libertados, a maioria em situação
deplorável devido ao martírio que enfrentaram.
Esta data é
hoje comemorada mundialmente como o Dia Internacional da Lembrança do
Holocausto, assim designado pela Assembleia Geral das Nações Unidas, resolução
60/7, em 1 de Novembro de 2005, durante a 42º sessão plenária da Organização.
Em 27 de abril
de 1940, Heinrich Himmler, o Reichsführer da SS, deu ordens para que a área dos
antigos alojamentos da artilharia do exército, no local agora oficialmente
nominado Auschwitz, ex-Oświęcim, fosse transformada em campos de concentração.
No complexo construído, Auschwitz II–Birkenau foi designado por ele como campo
de extermínio e o lugar para a Solução Final dos judeus. Entre o começo de 1942
e o fim de 1944, comboios transportaram judeus de toda a Europa ocupada para as
câmaras de gás do campo. O primeiro comandante, Rudolf Höss, testemunhou depois
da guerra, no Julgamento de Nuremberga, que mais de três milhões de pessoas
haviam morrido ali, 2.500.000 gaseificadas e 500.000 de fome e doenças. Hoje em
dia os números mais aceitos são em torno de 1,3 milhão, sendo 90% deles de
judeus. Outros deportados para Auschwitz e executados terão sido 150 mil polacos,
23 mil ciganos romenos, 15 mil prisioneiros de guerra soviéticos, cerca de 400 Testemunhas
de Jeová e dezenas de milhares de pessoas de diversas nacionalidades. Aqueles
que não eram executados nas câmaras de gás morriam de fome, doenças
infecciosas, trabalhos forçados, execuções individuais ou experiências médicas.
Em 1947, a Polónia
criou um museu no local de Auschwitz I e II, que desde então recebeu a visita
de mais de 30 milhões de pessoas de todo mundo, que já passaram sob o portão de
ferro que tem escrito em seu cimo o infame motto "Arbeit macht frei"
(o trabalho liberta). Em 2002, a UNESCO declarou oficialmente as ruínas de
Auschwitz-Birkenau como Patrimônio da Humanidade.
Os que
sobrevivessem eram obrigados a trabalhos forçados.
Com o
objectivo de apagar os vestígios do Holocausto antes da chegada do Exército
Vermelho, a SS implodiu as câmaras de gás em 1944 e evacuou a maioria dos
prisioneiros. Charlotte Grunow e Anita Lasker foram levadas para o campo de
concentração de Bergen-Belsen, onde os britânicos as libertaram em Abril de
1945. Outros 65 mil que haviam ficado em Auschwitz já podiam ouvir os tiros dos
soldados soviéticos quando, a 18 de Janeiro, receberam da SS a ordem para a
retirada.
[i]
Auschwitz é o nome de uma rede de campos de concentração localizados no
sul da Polónia operados pelo Terceiro Reich nas áreas anexadas pela Alemanha
Nazi. A partir de 1940, o governo de Adolf Hitler construiu vários campos de
concentração e um campo de extermínio nesta área. A razão direta para a sua
construção foi o facto de que as prisões em massa de judeus, especialmente polacos,
por toda a Europa que ia sendo conquistada pelas tropas nazistas, excediam em
grande número a capacidade das prisões convencionais até então existentes. Foi
o maior dos campos de concentração nazi, consistindo de Auschwitz I (Stammlager,
campo principal e centro administrativo do complexo); Auschwitz II–Birkenau
(campo de extermínio), Auschwitz III–Monowitz, e mais 45 campos satélites.
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