Nesta
data, faz hoje precisamente 75 anos, teve lugar aquele que ficaria conhecido na
História como o Dia D. Em pleno II Guerra
Mundial, a França estava ocupada pelos nazis desde 1940. A 6 de Junho de 1944,
forças dos Estados Unidos, Reino Unido e outros países aliados desembarcam na
Normandia, a fim de libertar o território francês do domínio alemão. Essa data
ficou conhecida na história como a Batalha da Normandia ou dia D.
A
Batalha da Normandia foi de grande importância para as Forças Aliadas, marcando
o início da vitória sobre os nazis. Oficialmente designada Operação Overlord,
teve início com o desembarque das forças Aliados nas praias da região da
Normandia, em França, a 6 de Junho de 1944, evento que ficou conhecido, como
acima referido, como “Dia D”.
Nesse
dia, mais de 1 milhão de militares invadiram território francês, ocupado pelas
tropas nazis, numa operação coordenada utilizando meios navais e aéreos.
O
desembarque tão esperado acontece ao alvorecer de 6 de Junho de 1944 no litoral
normando, com a surpresa tática mais perfeita. Na noite de 5 para 6 de Junho, 6500
embarcações de todos os tipos, formando 75 comboios, atravessam a Mancha
enquanto a aviação aliada despista os sistemas de alerta, destrói os postos de
comando ou efetua ataques de despistagem. Aviação e artilharia da marinha
cobrem o desembarque da 3ª divisão britânica, da 3ª divisão canadiana, da 51ª
britânica e das 1ª e 4ª divisões americanas nas praias Sword, Juno, Gold, Omaha
e Utah. Na noite anterior, três divisões aerotransportadas, a 6ª britânica e a
82ª e 101ª americana, foram largadas a leste de Sword e a oeste de Utah.
Além
dos Estados Unidos e da Grã-Bretanha, doze países Aliados enviaram unidades
militares para participar na invasão, entre eles Austrália, Canadá, Bélgica,
França, Grécia, Nova Zelândia e Noruega. A operação era complexa, pois não só
era necessário atravessar os 160 km do Canal da Mancha que separavam a
Inglaterra da França, algo que desde o século XVII não era feito por um
exército invasor, mas cruzar a chamada Muralha do Atlântico, isto é, um
conjunto de fortificações construído pelos alemães entre 1942 e 1944 que
abrangia também a parte francesa do Canal da Mancha.
Um
dos elementos que mais contribuiu para o êxito da operação levada a cabo pelos
Aliados foi o factor surpresa e incerteza que foi possível manter até o fim. Os
alemães conheciam a intenção das tropas aliadas de entrar em França pelo
litoral, a partir do Canal da Mancha. No entanto, o serviço de informações nazi
nunca conseguiu informações fidedignas quanto à data e local em que se daria o
desembarque.
As
informações que circulavam indicavam como local provável de desembarque Pas-de-Calais,
mas os Aliados, sob o comando do general Americano Dwight D. Eisenhower[i],
tiveram como destino Caen, a mais de 300 km de distância.
Hitler,
convencido de que a operação na Normandia é apenas uma preliminar ao
desembarque principal esperado no Pas-de-Calais, mantém o 15º Exército ao
norte do Sena e hesita em colocar as reservas blindadas à disposição do 7º
Exército colocado na primeira linha. Além disso, Rundstedt e Rommel
desentendem-se quanto à estratégia a adotar: defesa em profundidade ou defesa
junto à costa. Dessas divergências resulta uma flutuação no comando. Os
reforços chegam de maneira fragmentada, e uma parte das forças blindadas alemãs
é desperdiçada em contra-ataques desordenados.
Por
ar, foram utilizadas mais de 11.000 aeronaves, entre aviões bombardeiros e de transporte
de paraquedistas. Ao fim daquele dia 6 de Junho, mais de 9.000 militares
aliados tinham sido mortos ou feridos, mas outros 100.000 haviam desembarcado e
tomado de assalto a região costeira. Em apenas 5 dias, os militares em
território francês já eram mais de 320.000.
Os
números são proporcionais à magnitude da operação: cerca de 425.000 militares
aliados e alemães foram mortos, feridos ou desapareceram durante a batalha.
Cerca de 200.000 homens foram capturados e feitos prisioneiros pelos Aliados,
que abasteceram os campos de prisioneiros a uma taxa de 30.000 homens por mês
do Dia D até o Natal de 1944. Estima-se que entre 15.000 e 20.000 civis
franceses tenham sido mortos durante a Batalha. Em Julho de 1944, cerca de um
milhão de militares aliados, principalmente Americanos, Britânicos e Canadianos,
estavam entrincheirados na Normandia.
A
ocupação da Normandia foi crucial para os Países Aliados. A derrota nazi, que
já havia começado no leste em 2 de Fevereiro de 1943 com a vitória soviética na
Batalha de Stalingrado, aproximava-se também na frente ocidental.
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