Efeméride de 11 de Julho – Aclamação D. Miguel
A 11 de Julho de 1828, D. Miguel,
de tendência absolutista, é aclamado Rei de Portugal, dando origem a um
conflito imediato com o seu irmão D. Pedro, de tendência liberal, que pugnava
pela ascensão ao trono de sua filha D. Maria.
Terceiro filho de D. João VI e de
D. Carlota Joaquina. Regressou à Metrópole com a corte vindos do Brasil no
momento em que se ensaiava no País a primeira experiência liberal à qual a
rainha e os seus apoiantes reagiram vivamente de forma conservadora. D. Miguel tomou o partido da mãe e hostilizou o pai assumindo atitudes políticas cada vez mais definidas, tendo encabeçado o Partido tradicionalista. Foi o executor dos movimentos da Vila-Francada e da Abrilada. O primeiro constituiu um espectacular triunfo político que o elevou a comandante-chefe do exército português. Após o segundo o rei demite o filho do alto posto ocupado e ordena o seu exílio.
Vive quatro anos em Viena de Áustria. D. Pedro IV, após a morte de D. João VI, herdeiro do trono e já imperador do Brasil, outorga a Carta Constitucional e abdica em sua filha D. Maria da Glória que casaria, uma vez chegada à maior idade, com D. Miguel seu tio. O país era governado por uma regência da presidência da infanta D. Isabel Maria. D. Miguel aceitou tudo quanto lhe foi proposto: jurou a Carta, celebrou esponsais com a sobrinha, protestou respeito e obediência a D. Pedro e à regente – e esperou. Malogrado o projecto de deslocar D. Miguel para o Brasil D. Pedro IV nomeia-o seu lugar-tenente em Portugal.
Chegado a Lisboa jura de novo a Carta, assume a regência e nomeia novo ministério. Dias depois dissolve as Câmaras. Da reunião das Cortes, para isso especialmente convocadas, resulta a aclamação de D. Miguel como rei absoluto. Após a assinatura da Convenção de Évora-Monte, que pós termo à guerra civil dirimida a favor de D. Pedro e dos liberais, D. Miguel terminou o breve e contestado reinado regressando ao exílio donde não mais voltou.
Nota: Para saber mais veja a
efeméride de 9 de Julho
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