Efeméride de 19 de Julho – Morte de Cesário Verde
Filho do lavrador e comerciante José Anastácio Verde e de sua
mulher Maria da Piedade David dos Santos, aos 18 anos de idade Cesário
matriculou-se no Curso Superior de Letras, mas apenas o frequentou alguns
meses. Ali conheceu Silva Pinto, que ficou seu amigo para o resto da vida.
Dividia-se entre a produção de poesias publicadas em jornais, destacando-se o
semanário Branco e Negro (1896-1898) e as revistas O Occidente (1878-1915) e Renascença (1878-1879?), e as actividades
de comerciante herdadas do pai.
Em 1877 começou a ter sintomas de tuberculose, doença que já lhe tirara
o irmão e a irmã. Estas mortes inspiraram contudo um de seus principais poemas, Nós (1884).
Tenta curar-se da tuberculose mas, sem sucesso, vem a falecer no dia
19 de Julho de 1886. No ano seguinte Silva Pinto organiza O Livro de Cesário Verde,
compilação da sua poesia publicada em 1901.
Em 1933 a Câmara Municipal de Lisboa homenageou o poeta dando o seu nome a
uma rua na Penha de França.
No seu estilo delicado, Cesário empregou técnicas
impressionistas, com extrema sensibilidade ao retratar a Cidade e o Campo, que
são os seus cenários predilectos. Evitou o lirismo tradicional, expressando-se
de uma forma mais natural.
Algumas
obras de Cesário Verde:
A Débil - A Forca - Ao Diário Ilustrado - Ao Gáz – Arrojos
- Ave-Marias - Cadências tristes
Cinismos – Contrariedades – Cristalizações
- De tarde - De Verão – Desastre –
Deslumbramentos - Em Petiz - Eu
e ela - Eu, que sou feio… - Explêndida
Flores Velhas – Frígida – Heroísmos
- Horas Mortas – Humilhações - Impossível
Ironias do Desgosto
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