Independência do Brasil – Efeméride de
7 de Setembro
A 7 de Setembro 1822 foi declarada a
Independência do Brasil (imagem) em relação ao Domínio de Portugal, episódio
celebrado no Dia da Pátria.
A separação
política entre o Brasil e a metrópole portuguesa, foi declarada oficialmente no
dia 7 de Setembro de 1822. O processo de independência começa com o agravamento
da crise do sistema colonial e estende-se até a adoção da primeira Constituição
brasileira, em 1824.
As revoltas
do final do século XVIII e começo do XIX, como a Inconfidência Mineira, a
Conjuração Baiana e a Revolta Pernambucana de 1817, mostram o enfraquecimento
do sistema colonial.
A
independência dos EUA e a Revolução Francesa reforçam os argumentos dos
defensores das ideias liberais e republicanas. Cresce a condenação
internacional ao absolutismo monárquico e ao colonialismo. Aumentam as pressões
externas e internas contra o monopólio comercial português e o excesso de
impostos numa época de livre comércio.
A mudança da
Corte portuguesa, Príncipe regente Dom João VI, (1808),
para o Brasil contribui para a separação definitiva das duas nações. A abertura
dos portos e a criação do Reino Unido do Brasil praticamente cortam os vínculos
coloniais e preparam a independência.
Com a
Revolução do Porto, em 1820, a burguesia portuguesa tenta fazer o Brasil
retornar à situação de colônia. A partir de 1821, as Cortes Constituintes obrigam
Dom João VI a jurar lealdade à Constituição por elas elaborada e a retornar
imediatamente a Portugal.
No Brasil
fica Dom Pedro, como regente, para conduzir a separação política, caso fosse
inevitável. Pressionado pelas Cortes Constituintes, Dom João VI chama Dom Pedro
a Lisboa. Mas o príncipe regente resiste às pressões, que considera uma
tentativa de esvaziar o poder da monarquia. Forma-se em torno dele um grupo de
políticos brasileiros que defende a manutenção da situação actual.
Em 29 de Dezembro
de 1821, Dom Pedro recebe um abaixo-assinado pedindo que não deixe o Brasil. A decisão
de ficar é anunciada no dia 9 de Janeiro do ano seguinte, num gesto enfático. O
episódio passa à história como o Dia do Fico.
Principal
ministro e conselheiro de Dom Pedro, José Bonifácio luta num primeiro momento
pela manutenção dos vínculos com a antiga metrópole, resguardando o mínimo de
autonomia brasileira. Convencido de que o rompimento é necessário, passa a ser
o principal ideólogo da independência política do Brasil, sendo conhecido desde
então como Patriarca da Independência. Fora da corte, outros líderes liberais,
como Joaquim Gonçalves Ledo e Januário da Cunha Barbosa, atuam nos jornais e
nas lojas maçônicas. Fazem pesadas críticas ao colonialismo português e
defendem a total separação da metrópole. Em 3 de Junho de 1822, Dom Pedro
recusa fidelidade à Constituição portuguesa e convoca a primeira Assembleia
Constituinte brasileira.
Em 2 de Agosto
um decreto declara inimigas as tropas portuguesas que desembarcarem no país.
Cinco dias depois assina o Manifesto às Nações Amigas, redigido por José
Bonifácio. Nele, Dom Pedro justifica o rompimento com as Cortes Constituintes
de Lisboa e assegura "a Independência do Brasil, mas como reino irmão de
Portugal".
Em
protesto, os portugueses anulam a convocação da Assembleia Constituinte
brasileira, ameaçam com o envio de tropas e exigem o retorno imediato do
príncipe regente.
No dia 7 de
Setembro de 1822, numa viagem a São Paulo, Dom Pedro recebe as exigências das
cortes. Irritado, reage proclamando a Independência do Brasil. Em 12 de outubro
de 1822 é aclamado imperador pelos padres do reino e coroado pelo bispo do Rio
de Janeiro em 1 de Dezembro, recebendo o título de Dom Pedro I.
No início
de 1823 realizam-se eleições para a Assembleia Constituinte da primeira Carta
do império brasileiro. A Assembleia é fechada em Novembro por divergências com Dom
Pedro I. Elaborada pelo Conselho de Estado, a Constituição é outorgada pelo
imperador em 25 de Março de 1824. Com a Constituição em vigor e vencidas as
últimas resistências portuguesas nas províncias, o processo de separação entre
colônia e metrópole está concluído.
A
independência, entretanto, só é reconhecida por Portugal em 1825, quando Dom
João VI assina o Tratado de Paz e Aliança entre Portugal e Brasil.
Fonte: Origem: Wikipédia, a
enciclopédia livre.
Sem comentários:
Enviar um comentário