segunda-feira, 21 de janeiro de 2019

Efeméride de 21 de Janeiro – Execução de Luís XVI


Às 10 horas e 20 minutos do dia 21 de janeiro de 1793, o rei francês Luís XVI é guilhotinado, em Paris, na antiga Praça Luís XV, atual Praça da Concórdia.
A Execução de Luís XVI na guilhotina é um dos acontecimentos mais importantes da Revolução Francesa. Ela teve lugar em 21 de Janeiro de 1793, às 10:20 horas, em Paris, na Praça da Revolução (a antiga Praça Luís XV, renomeada, em 1795, como Praça da Concórdia).

Na sequência dos acontecimentos de 10 de Agosto de 1792[i] e do ataque ao Palácio das Tulherias, residência da família real, pelo povo parisiense, Luís XVI é preso na Prisão do Templo com a sua família, por alta traição.
Ao final do, Luís XVI é condenado à morte por maioria (apenas um voto de diferença), em 15 de Janeiro de 1793.
Luís XVI foi acordado às 05.00 horas da manhã. Cléry, o seu camareiro, ajuda o Rei a efectuar a sua toalete encontrando-se de seguida, com o abade Henri Essex Edgeworth de Firmont, confessa-se, assiste à sua última missa e recebe a comunhão.

Aconselhado pelo abade, Luís XVI evita um último encontro de despedida com a sua família. Os guardas, temendo o rapto do rei, entram e saem incessantemente. Às 07.00 horas, Luís XVI confia as suas últimas vontades ao abade, o seu selo para o delfim e a sua aliança de casamente para a Rainha.
Após receber a bênção do abade, Luís XVI junta-se a Antoine Joseph Santerre, que comanda a guarda. Um nevoeiro espesso e glaciar envolve o dia. Dentro do primeiro pátio, Luís XVI volta-se para a Torre do Templo, onde foram colocados os demais membros da família real, mas estes não aparecem às janelas. No segundo pátio, uma carruagem verde espera. Luís XVI toma nela, com o abade, e mais duas pessoas da milícia instalam-se à sua frente. A carruagem deixa o Templo por volta das 09:00 horas.

Ela vira à direita, pela Rua do Templo, para atingir os grandes Boulevards. Um cortejo é formado com a carruagem, precedido por tambores e escoltado por uma tropa de cavaleiros com sabres desfraldados. O cortejo avança entre diversas fileiras de guardas nacionais e de sans-culottes.
A assistência é numerosa e está dividida. Uma maioria opõe-se à execução, mas os homens armados e guardas nacionais estão preparados.


[i] No curso da Jornada de 10 de Agosto de 1792, a multidão cerca, com o suporte do novo governo municipal de Paris, que será conhecido pelo nome de Comuna Insurrecional de Paris, o Palácio das Tulherias. O Rei Luís XVI e a família real pedem o apoio da Assembleia Nacional Legislativa. Este acontecimento marca efetivamente o fim da monarquia francesa (que será restaurada em 1814). O término efetivo da monarquia se fará seis semanas depois (21 de setembro de 1792).

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