Às 10 horas e 20 minutos do dia 21 de janeiro de 1793, o rei
francês Luís XVI é guilhotinado, em Paris, na antiga Praça Luís XV, atual Praça
da Concórdia.
A
Execução de Luís XVI na guilhotina é um dos acontecimentos mais importantes da
Revolução Francesa. Ela teve lugar em 21 de Janeiro de 1793, às 10:20 horas, em
Paris, na Praça da Revolução (a antiga Praça Luís XV, renomeada, em 1795, como
Praça da Concórdia).
Na
sequência dos acontecimentos de 10 de Agosto de 1792[i] e do
ataque ao Palácio das Tulherias, residência da família real, pelo povo
parisiense, Luís XVI é preso na Prisão do Templo com a sua família, por alta
traição.
Ao
final do, Luís XVI é condenado à morte por maioria (apenas um voto de
diferença), em 15 de Janeiro de 1793.
Luís
XVI foi acordado às 05.00 horas da manhã. Cléry, o seu camareiro, ajuda o Rei a
efectuar a sua toalete encontrando-se de seguida, com o abade Henri Essex
Edgeworth de Firmont, confessa-se, assiste à sua última missa e recebe a
comunhão.
Aconselhado
pelo abade, Luís XVI evita um último encontro de despedida com a sua família. Os
guardas, temendo o rapto do rei, entram e saem incessantemente. Às 07.00 horas,
Luís XVI confia as suas últimas vontades ao abade, o seu selo para o delfim e a
sua aliança de casamente para a Rainha.
Após
receber a bênção do abade, Luís XVI junta-se a Antoine Joseph Santerre, que
comanda a guarda. Um nevoeiro espesso e glaciar envolve o dia. Dentro do
primeiro pátio, Luís XVI volta-se para a Torre do Templo, onde foram colocados
os demais membros da família real, mas estes não aparecem às janelas. No segundo
pátio, uma carruagem verde espera. Luís XVI toma nela, com o abade, e mais duas
pessoas da milícia instalam-se à sua frente. A carruagem deixa o Templo por
volta das 09:00 horas.
Ela
vira à direita, pela Rua do Templo, para atingir os grandes Boulevards. Um
cortejo é formado com a carruagem, precedido por tambores e escoltado por uma
tropa de cavaleiros com sabres desfraldados. O cortejo avança entre diversas
fileiras de guardas nacionais e de sans-culottes.
A assistência é numerosa e está
dividida. Uma maioria opõe-se à execução, mas os homens armados e guardas
nacionais estão preparados.
[i]
No curso da Jornada de 10 de Agosto de 1792, a multidão
cerca, com o suporte do novo governo municipal de Paris, que será conhecido
pelo nome de Comuna Insurrecional de Paris, o Palácio das Tulherias. O Rei Luís
XVI e a família real pedem o apoio da Assembleia Nacional Legislativa. Este
acontecimento marca efetivamente o fim da monarquia francesa (que será
restaurada em 1814). O término efetivo da monarquia se fará seis semanas depois
(21 de setembro de 1792).
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