quinta-feira, 24 de janeiro de 2019

Efeméride de 24 de Janeiro – Morre Winston Churchill

A 24 de Janeiro de 1965 - Morre Winston Churchill, estadista britânico, por duas vezes primeiro-ministro, 1940 a 1945 e de 1951 a 1955, Nobel da Literatura em 1953.



Inglês, Nasceu no Palácio de Blenheim, em Woodstock, no Oxfordshire, a 30 de Novembro de 1874, batizado com o nome de Winston Leonard Spencer-Churchill seguindo a tradição originada com seu tetravô, morreu em Londres a 24 de Janeiro de 1965.

Filho de Lord Randolph Churchill, e de sua mulher americana Jennie Jerome.

Após ter terminado o curso na Academia Militar de Sandhurst e ter servido como oficial subalterno, de 1895 a 1899, no regimento de Hussardos n.º 4, foi correspondente de guerra em Cuba, na Índia e na África do Sul.

Durante a guerra dos Boers[i] foi feito prisioneiro e enviado para um campo de prisioneiros de guerra em Pretoria, de onde fugiu, percorrendo a pé 500 km. Após a fuga insistiu em permanecer na África do Sul, participando de diversas batalhas. Essa história transforma-o em um herói nacional tornando-o mundialmente conhecido, e de que relatou as peripécias no seu livro De Londres a Ladysmith. Churchill entrou para a política como Conservador, tendo sido eleito deputado em 1900, mas em 1904 rompeu com o Partido devido à política social dos Conservadores.

Aderiu ao Partido Liberal e em 1906, tendo sido eleito deputado, foi convidado para o Governo,  ocupando primeiro o cargo de Sub-Secretário de Estado para as Colónias, mais tarde, em 1908, a pasta de Presidente da Junta de Comércio (Board of Trade).Após as eleições de 1910 foi transferido para o Ministério do Interior, e finalmente foi nomeado, em Outubro de 1911, Primeiro Lorde do Almirantado, onde impôs uma política de reforço e modernização da Marinha de Guerra britânica.

Pediu a demissão em plena Primeira Guerra Mundial, devido ao falhanço da expedição britânica aos Dardanelos, na Turquia, de que tinha sido o principal promotor, resultando na morte de 50 mil britânicos e franceses. Alistou-se no exército, e comandou um batalhão do regimento «Royal Scots Fusiliers» na frente ocidental. Regressou ao Parlamento em 1916, regressando a funções governamentais no último ano de guerra, como ministro das munições.

Após o fim da Primeira Guerra Mundial, Churchill foi-se tornando cada vez mais conservador, continuando a participar activamente na política, como Ministro da Guerra (1919-1921) e Ministro das Colónias (1921-1922) em governos liberais. Em 1924 regressou ao Partido Conservador, sendo nomeado Ministro das Finanças (1924-1929) no governo conservador de Stanley Baldwin. Não participou em nenhum governo, de 1929 a 1939, mas continuou a ser eleito para o Parlamento, onde advertiu incessantemente do perigo que Hitler representava para a Paz.

Em 1939 foi nomeado novamente Primeiro Lorde do Almirantado, e em 1940, no dia em que a Alemanha começou a ofensiva a Ocidente, invadindo a Holanda, a Bélgica, o Luxemburgo e a França, foi nomeado Primeiro-ministro, No seu discurso de posse derá afirmado: “Não tenho nada a oferecer, para além de sangue, sofrimento, lágrimas e suor.”

Fez com que o seu país resistisse às derrotas dessa Primavera de 1940, e ao desaparecimento de todos os seus aliados ocidentais, da Noruega à França, e dirigiu-o durante a Batalha de Inglaterra. Finalmente, aliado à União Soviética, desde o primeiro momento da invasão alemã, em Junho de 1941, e com o apoio e depois a participação activa dos Estados Unidos na guerra, acabou por vencer Hitler.

Mesmo antes do fim da guerra, sofreu uma derrota espectacular nas eleições de 1945, sendo o seu governo substituído pelos trabalhistas de Atlee. Voltou ao poder em 1951, sendo primeiro-ministro até 1955, ano em que pediu a demissão, devido a problemas de saúde.

Foi nomeado Prémio Nobel da Literatura em 1953, pelas suas obras mas sobretudo devido aos 6 volumes da sua obra mais famosa: The Second World War

Churchill é considerado um dos pais fundadores da União Européia, sugerindo na época conceitos bases para essa união de países que vemos hoje estabelecida.

Casou-se com Clementine, e juntos tiveram 5 filhos, morreu aos 90 anos em 1965.



[i] As guerras dos bôeres (ou guerras dos bôers) (1880-1881) (1899-1902) foram dois confrontos armados na atual África do Sul que opuseram os colonos de origem holandesa e francesa, os chamados Bôeres, ao exército britânico, que pretendia apoderar-se das minas de diamante e ouro recentemente encontradas naquele território. Em consequência das guerras, os bôeres ficaram sob o domínio britânico, com a promessa de autogoverno.

Sem comentários:

Enviar um comentário