A História de Macau
tem pelo menos 6000 anos. Bastante rica e diversificada porque Macau, desde da
chegada dos portugueses no século XVI, foi sempre uma importante porta de
acesso para a entrada da civilização ocidental na China, contactando com a
civilização chinesa, e vice-versa. Esta minúscula porção de terra proporcionou
uma importante plataforma de intercâmbio de culturas ocidentais e orientais.
Este intenso intercâmbio moldou uma identidade única e própria para Macau.
Macau era já
povoado por pescadores e camponeses chineses quando os portugueses se estabeleceram
em 1557[i]
nesta localidade ocupando gradualmente o território. Rapidamente trouxeram
prosperidade a este pequeno pedaço de terra que se localiza junto à foz do Rio
das Pérolas, tornando-a numa grande cidade comercial. Macau é considerado o
primeiro entreposto europeu em solo chinês e tinha um grande valor,
principalmente ao nível comercial e estratégico, para os portugueses por ser um
importante intermediário no comércio entre a China, a Europa e o Japão.
Mesmo sendo atacado
continuamente por outras potências europeias, nomeadamente pelos holandeses,
esta cidade atingiu o seu auge durante os finais do século XVI e os inícios do
século XVII. Durante o século XIX, Macau começou a entrar rapidamente em
declínio devido ao estabelecimento de Hong-Kong pelos ingleses. Esta nova
colónia britânica cedo se tornou no porto ocidental mais importante da China.
De qualquer
modo é em Macau, que em 1865, foi construído o primeiro farol do mar do Sul da
China, o Farol da Guia.
Passados mais
de 330, em 1887, a soberania e a ocupação perpétua portuguesa sobre Macau é finalmente
reconhecida oficialmente pela China, através do Tratado de Amizade e Comércio
Sino-Português.
Em 1901, o
Governo de Macau, querendo criar a sua própria moeda oficial, autorizou, o Banco
Nacional Ultramarino (BNU) a emitir notas com a denominação de patacas. As
primeiras notas impressas começaram a entrar em circulação em 1906 e 1907. A
partir de 1995, o Banco da China passou também a ser responsável pela emissão
de notas.
Esta colónia
portuguesa não foi invadida pelas tropas japonesas, evitando assim os grandes
horrores da Segunda Guerra Mundial. Após a implantação da República Popular da
China (1949), esta cidade experimentou alguns incidentes e motins provocados
pelos chineses residentes pró-comunistas que queriam reunir Macau à China.
Estes incidentes, provocados pelos residentes chineses pró-comunistas de Macau
no dia 3 de Dezembro de 1966, forçou Portugal a renunciar a sua ocupação
perpétua sobre Macau. Em 1987, após intensas negociações entre Portugal e a
República Popular da China e através da Declaração Conjunta Sino-Portuguesa
sobre a Questão de Macau, os dois países concordaram que Macau iria passar de
novo à soberania chinesa no dia 20 de Dezembro de 1999, tornando-se numa Região
Administrativa Especial.
Macau, além de
ser o primeiro entreposto europeu na China, foi também a última colónia
europeia na China.
[i] Não se sabe ao certo nem o dia, nem o
mês, nem o ano em que os portugueses desembarcaram pela primeira vez no porto
de Macau. Mas sabe-se que entre 1523 e 1557 muitos navegadores portugueses
circularam na zona dedicando-se ao comércio com os chineses, apesar das
proibições do imperador. Alguns até se instalaram a viver na península de Macau
e em algumas ilhas próximas.
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