terça-feira, 22 de novembro de 2016

Assassinato de John Fitzgerald Kennedy

John Fitzgerald Kennedy nasceu em Brooklyn a 29 de Maio de 1917 e morreu em Dallas, Texas, a 22 de Novembro de 1963. Foi um dos políticos mais brilhantes dos EUA da sua época servindo como 35° presidente dos Estados Unidos (1961 – 1963) e ainda hoje é considerado uma das grandes personalidades do século XX. Ficou conhecido como John F. Kennedy ou Jack Kennedy por seus amigos e popularmente como JFK.
Filho de Joseph P. Kennedy e Rose Fitzgerald. Seu pai, Joseph era empresário e diplomata, tendo ocupado o lugar de embaixador americano no Reino Unido. Rose foi a filha mais velha de John Fitzgerald, uma figura política proeminente em Boston, tendo sido deputado e prefeito na sua cidade. O casal teve nove filhos, sendo John o segundo deles. Nascido no número 83 da Beals Street, em Brooklyn, Massachusetts na terça-feira 29 de Maio de 1917, às 15:00h.

Eleito em 1960, Kennedy tornou-se o segundo mais jovem presidente do seu país, com apenas 44 anos, depois de Theodore Roosevelt, com 43 anos. Ocupou o cargo de Presidente desde 20 de Janeiro de 1961 até ao seu assassinato em 22 de Novembro de1963. Durante o seu curto governo ocorreram, para além de outros, a Invasão da Baía dos Porcos (Cuba 17 a 19 de Abril de 1961), a Crise dos mísseis de Cuba (16 a 28 de Outubro de 1962, onde o mundo esteve perto da eclosão da guerra nuclear, a construção do Muro de Berlim (13 de Agosto de 1961 – 9 de Novembro 1989), o início da Corrida espacial, a consolidação do Movimento dos Direitos Civis nos Estados Unidos[i] e os primeiros eventos da Guerra do Vietnam (1 de Novembro de 1955 – 30 de Abril de 1975).
Já durante a Segunda Guerra Mundial tinha sido reconhecida a sua elevada capacidade de liderança demostrada no comando do patrulha PT-109 na área do Pacífico Sul.

A 2 de Agosto de 1943, o patrulha que Kennedy comandava, o PT-109, foi abordado pelo destróier japonês Amagiri durante uma missão noturna no estreito de Blackett, perto da Nova Geórgia nas Ilhas Salomão. Com a força da explosão John foi projectado borda fora tendo ficado gravemente machucado na coluna. Apesar dessa lesão, liderou os restantes 10 sobreviventes da sua guarnição até chegarem a uma ilha (hoje designada Ilha Kennedy) onde foram resgatados. Por esta ação, recebeu a Medalha da Marinha e dos Fuzileiros Navais ("Navy e Marine Corps Medal") e a seguinte declaração[ii].

Essa façanha proporcionou-lhe popularidade propiciando o começou da sua carreira política. Kennedy representou o Estado de Massachusetts como um membro da Câmara dos Deputados a partir de 1947 até 1953 e depois como Senador de 1953 até que se tornou presidente em 1961. Com 43 anos de idade, foi o candidato presidencial do Partido Democrata nas eleições de 1960, derrotando o Republicano Richard Nixon em uma das eleições mais disputadas da história presidencial do país. Kennedy foi a última personalidade a ser eleita Presidente enquanto ainda exercia um mandato como Senador, até a eleição de Barack Obama em 2008. JFK foi até agora o único católico a ser eleito presidente dos Estados Unidos.
Como já foi mencionado o presidente Kennedy morreu assassinado em 22 de Novembro de 1963 em Dallas, Texas. O ex-fuzileiro naval Lee Harvey Oswald foi preso e acusado do seu assassinato, mas foi morto dois dias depois, por Jack Ruby e por isso não foi possível ser julgado. A Comissão Warren concluiu que Oswald agiu sozinho no assassinato. No entanto, o Comitê da Câmara sobre Assassinatos descobriu em 1979 que talvez tenha havido uma conspiração em torno deste trágico acontecimento. Esta questão tem sido exaustivamente debatida existindo várias teorias sobre o assassinato e as suas causas visto que o crime ocorreu num momento importante na história dos Estados Unidos devido ao seu impacto traumático na psique da nação.

Muitos viram em Kennedy um ícone das esperanças e aspirações americanas, e em algumas pesquisas no país ele ainda é valorizado como um dos melhores presidentes da história da nação.



[i]O movimento dos direitos civis dos negros nos Estados Unidos foi a campanha por direitos civis e igualdade para a comunidade afroamericana nos Estados Unidos. Os negros foram escravizados nos EUA, de 1619, trazidos da África por colonos ingleses, até 1863, com o fim da Guerra Civil, a Proclamação de Emancipação e o início da Reconstrução Americana. A escravidão foi a base da economia dos estados do Sul, e marcou profundamente as relações sociais nessa região.
Todavia, a situação legal dos negros permaneceu por longo tempo inferior à dos demais cidadãos, com as leis Jim Crow, a segregação racial, a doutrina "separados, mas iguais" e a atuação da Ku Klux Klan. Embora a Constituição americana garantisse direitos fundamentais a todos os cidadãos desde 1787, os negros tinham prerrogativas legais negadas por legislações estaduais, com base no princípio dos direitos dos estados.
A doutrina da incorporação, a partir de 1873, levou à gradual extensão dos direitos constitucionais fundamentais para todos os cidadãos. Na virada do século, activistas como W. E. B. Du Bois criaram a Associação Nacional para o Progresso de Pessoas de Cor, em defesa da igualdade racial e do progresso da comunidade negra. A decisão do caso Brown v. Board of Education na Suprema Corte americana, em 1954, foi o fundamento legal para o fim da segregação racial. Rosa Parks liderou, no ano seguinte, o boicote aos ônibus de Montgomery.
Na década de 1960, Malcolm X, com um discurso mais virulento, e Martin Luther King, Jr., um pacifista, reclamaram o fim da discriminação institucional. A marcha sobre Washington e a concessão do Prêmio Nobel da Paz a King em 1964 trouxeram atenção mundial para a causa afroamericana. A Lei de Direitos Civis de 1964 e a Lei dos Direitos ao Voto de 1965, ambas promovidas pelo presidente Lyndon B. Johnson, do Partido Democrata, codificaram as conquistas dos negros. Elas asseguraram o fim da segregação racial em espaços públicos, ainda que sejam propriedade privada, e o voto universal, independentemente de nível educacional ou condição social.

[ii] "Por conduta extremamente heroica como comandante do barco Torpedeiro 109 após a colisão e naufrágio do navio no Teatro de Operações do Pacífico em agosto de 1943. Independentemente de danos pessoais, o tenente Kennedy, sem hesitação, lutou contra todas as probabilidades, na escuridão para as operações de resgate direto, muitas horas de natação para resgatar e prestar assistência e comida para os seus companheiros, uma vez que estavam a salvo em terra. Sua coragem excecional, força e liderança ajudou a salvar a vida de muitas pessoas e manter as melhores tradições da Marinha dos Estados Unidos".

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