Decorreu hoje,
nas instalações da Base Naval de Lisboa, as comemorações da passagem do 25º
aniversário do “nosso” navio. Com a presença de muitos dos originais membros da
sua 1ª guarnição, de que este vosso servo fez parte, tivemos a honra de ser acompanhados
pelo nosso “Comandante” VALM Silva da Fonseca.
Em são convívio,
durante um saudável repasto, deu para recordar os tempos que passamos juntos,
tanto na Alemanha durante a construção / provas de mar, como depois durante a
comissão de serviço que rondou os 4 anos.
Para além de uma visita ao navio
não podia deixar de fazer parte do programa um serviço religioso para recordar
e homenagear os nossos camaradas que por razões diversas seguiram á nossa
frente.
O NRP Corte-Real foi construído
nos estaleiros da HDW (Kiel, Alemanha), entre 20 de Outubro de 1989 e 22 de Novembro
de 1991, dia que Foi aumentado ao efetivo, tendo sido o terceiro navio da
classe Vasco da Gama.
Tal como todos os Navios da nossa Armada também o NRP Corte Real tem o
seu nome associado a um PATRONO. Para os mais distraídos segue-se uma breve
descrição do patrono do nosso.
Corte-Real nome de uma família
distinta de navegadores dos séculos XV e XVI, com o nome ligado ao
descobrimento da Terra Nova, cerca do ano de 1472, por João Vaz Corte-Real,
navegador português que para além desta expedição organizou ainda outras
viagens que o terão levado até à costa da América do Norte, explorando desde as
margens do Rio Hudson e São Lourenço até ao Canadá e Península do Labrador.
Em 1474 foi nomeado
Capitão-Donatário de Angra do Heroísmo e a partir de 1483, também da Ilha de S.
Jorge. Os seus três filhos, todos navegadores audaciosos, Gaspar Corte-Real,
Miguel Corte-Real e Vasco Anes Corte-Real, continuaram o espírito de aventura
de seu pai tendo os dois primeiros desaparecido depois de expedições marítimas,
em 1501 e 1502 respectivamente. Vasco Anes quis ir em busca de seus irmãos mas
o Rei não lhe concedeu autorização, tendo sucedido a seu pai como
Capitão-Donatário.
O historiador americano Dr.
Edmund Burke Delabarra, no início do século XX, em estudo realizado sobre a
misteriosa Pedra de Dighton, na margem do Rio Tanton, Massachussets, concluiu
que Miguel Corte-Real teria naufragado na região de Wanpanois, Nova Inglaterra,
tornando-se ali chefe dos índios. Esta tese apoia-se na decifração das
inscrições na referida pedra que traduzidas significam:
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