sábado, 26 de novembro de 2016

Comemoração dos 25 anos do aumento ao efectivo da Armada do NRP Corte Real

Decorreu hoje, nas instalações da Base Naval de Lisboa, as comemorações da passagem do 25º aniversário do “nosso” navio. Com a presença de muitos dos originais membros da sua 1ª guarnição, de que este vosso servo fez parte, tivemos a honra de ser acompanhados pelo nosso “Comandante” VALM Silva da Fonseca.
Em são convívio, durante um saudável repasto, deu para recordar os tempos que passamos juntos, tanto na Alemanha durante a construção / provas de mar, como depois durante a comissão de serviço que rondou os 4 anos.

Para além de uma visita ao navio não podia deixar de fazer parte do programa um serviço religioso para recordar e homenagear os nossos camaradas que por razões diversas seguiram á nossa frente.
O NRP Corte-Real foi construído nos estaleiros da HDW (Kiel, Alemanha), entre 20 de Outubro de 1989 e 22 de Novembro de 1991, dia que Foi aumentado ao efetivo, tendo sido o terceiro navio da classe Vasco da Gama.  

Tal como todos os Navios da nossa Armada também o NRP Corte Real tem o seu nome associado a um PATRONO. Para os mais distraídos segue-se uma breve descrição do patrono do nosso.
Corte-Real nome de uma família distinta de navegadores dos séculos XV e XVI, com o nome ligado ao descobrimento da Terra Nova, cerca do ano de 1472, por João Vaz Corte-Real, navegador português que para além desta expedição organizou ainda outras viagens que o terão levado até à costa da América do Norte, explorando desde as margens do Rio Hudson e São Lourenço até ao Canadá e Península do Labrador.
Em 1474 foi nomeado Capitão-Donatário de Angra do Heroísmo e a partir de 1483, também da Ilha de S. Jorge. Os seus três filhos, todos navegadores audaciosos, Gaspar Corte-Real, Miguel Corte-Real e Vasco Anes Corte-Real, continuaram o espírito de aventura de seu pai tendo os dois primeiros desaparecido depois de expedições marítimas, em 1501 e 1502 respectivamente. Vasco Anes quis ir em busca de seus irmãos mas o Rei não lhe concedeu autorização, tendo sucedido a  seu pai como Capitão-Donatário.

O historiador americano Dr. Edmund Burke Delabarra, no início do século XX, em estudo realizado sobre a misteriosa Pedra de Dighton, na margem do Rio Tanton, Massachussets, concluiu que Miguel Corte-Real teria naufragado na região de Wanpanois, Nova Inglaterra, tornando-se ali chefe dos índios. Esta tese apoia-se na decifração das inscrições na referida pedra que traduzidas significam:



"Por vontade de Deus aqui me tornei Chefe dos Índios."
Miguel Corte-Real 1511








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