A 31 de Julho de 1501 chega a Portugal de retorno da Índia, Pedro Álvares Cabral.
Após chegar á India Cabral forjou uma aliança com o governante de Cochim, e
com líderes de outras cidades-estados, sendo capaz de estabelecer uma feitoria.
Por fim, carregada de especiarias preciosas, a frota foi para Cananor, a fim de
comerciar uma vez mais antes de partir em sua viagem de retorno a Portugal em
16 de Janeiro de 1501 onde chegaria a 31 de Julho.
A expedição dirigiu-se para a costa leste da África. Um dos navios encalhou
em um banco de areia e começou a afundar. Como não havia espaço nos demais
navios, a carga foi abandonada e Cabral ordenou que a nau fosse incendiada. Em
seguida, a frota prosseguiu em direção à Ilha de Moçambique (a nordeste de
Sofala), a fim de se prover de mantimentos para que os navios estivessem
prontos para a agitada passagem em torno do Cabo da Boa Esperança. Uma caravela
foi enviada para Sofala — outro dos objetivos da expedição. Uma segunda
caravela, considerada o navio mais veloz da frota e capitaneada por Nicolau
Coelho, foi enviada à frente das demais para dar ao rei o aviso prévio sobre o
sucesso da viagem. Um terceiro navio, comandado por Pedro de Ataíde, separou-se
da frota após partir de Moçambique.
A 22 de Maio, a frota — agora reduzida a apenas dois navios — passou pelo
Cabo da Boa Esperança. Chegaram a Bezeguiche (atual cidade de Dakar, localizada
perto de Cabo Verde), em 2 de Junho. Ali, encontraram não só a caravela de
Nicolau Coelho como também a nau comandada por Diogo Dias — que se encontrava
perdida há mais de um ano após o desastre no Atlântico Sul. A nau havia passado
por várias aventuras e estava em péssimas condições, sendo que apenas sete
homens doentes e malnutridos estavam a bordo — um dos quais estava tão fraco
que morreu de felicidade ao ver seus companheiros novamente. Outra frota
portuguesa também foi encontrada ancorada em Bezeguiche. Após D. Manuel I ter
sido informado da descoberta do Brasil, enviou uma frota menor para explorá-lo.
Um de seus navegadores era Américo Vespúcio (explorador italiano cujo nome
designaria a América), que contou a Cabral detalhes de sua exploração,
confirmando-lhe que havia de fato desembarcado num continente inteiro e não
apenas numa ilha.
A caravela de Nicolau Coelho partiu primeiro de Bezeguiche e chegou a
Portugal em 23 de Junho de 1501. O navio de Cabral ficou para trás, à espera do
navio desaparecido de Pedro de Ataíde e da caravela que havia sido enviada para
Sofala. Ambos os navios acabaram por aparecer e Cabral chegou a Portugal a 31
de Julho de 1501.
Ao todo, dois navios voltaram vazios, cinco estavam completamente
carregados e seis foram perdidos. No entanto, as cargas transportadas pela
frota geraram lucros de até 800% para a Coroa Portuguesa. Após as especiarias
serem vendidas, as receitas cobriram os custos de equipamento da frota e dos
navios que foram perdidos, gerando um lucro que por si só excedia a soma total
desses custos.
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