segunda-feira, 12 de agosto de 2019

Efeméride 12 de Agosto 2000 – Afunda-se o Submarino Russo Kursk


A 12 de Agosto de 2000 -- Afunda-se o submarino nuclear russo Kursk, em exercício no Mar de Barents. Morre a tripulação de 118 homens.

O K-141 Kursk, foi um submarino nuclear da Classe Oscar-II, pertencente à Marinha Russa que se afundou no Mar de Barents em 12 de Agosto de 2000, com uma tripulação de 118 homens. Foi baptizado em homenagem a uma das maiores batalhas da Segunda Guerra Mundial, a Batalha de Kursk, em 1943.

Foi um dos primeiros navios a serem concluídos após a queda da União Soviética. A sua missão principal seria aumentar a capacidade submarina da Frota do Mar do Norte, cuja sede localiza-se em Severomorsk. A sua construção tem inicio 1990 em Severodvinsk, perto de Arkhangelsk, sendo lançado à água em Dezembro de 1994.

Com 154 m de comprimento, 18m de largura, o equivalente a quatro andares de altura ( Peso estimado de 18.000 ton), era considerado o maior submarino de ataque até então construído. Sendo considerado indestrutível pela Marinha Russa, devido ao seu tamanho e aos seus recursos tecnológicos.

De acordo com informações do serviço de sismologia da Noruega, Instituição NORSAR, teria havido duas explosões detectadas aproximadamente nas coordenadas 69°38'N e 37°19'E, durante a manhã de 12 de Agosto de 2000. A primeira explosão foi às 11:29:34 (hora de Moscovo) e teve uma magnitude de 1,5 na escala de Richter, seguido de uma segunda de 3,5, às 11:31:48, correspondendo a cerca de 100/250Kg de explosivos (TNT). Durante a noite de 14 de Agosto,  FrançaAlemanhaGrã- BretanhaIsraelItáliaNoruegaEstados Unidos da América e outros países ofereceram a sua ajuda. Porém como o submarino continha tecnologia classificada como de segredo militar, os russos foram reticentes em aceitar tal ajuda.

Nenhuma autoridade russa admitiu que 23 membros da guarnição terão conseguido sobreviver por um período de dois dias após o acidente. Depois da explosão no compartimento dos mísseis, estes tripulantes terão conseguido refugiar-se no compartimento número nove do submarino, estanque e localizado na proa, daí emitindo sinais de socorro durante 48 horas.

As autoridades da Rússia só aceitaram a ajuda dos noruegueses e britânicos quatro dias depois do acidente. O facto mais constrangedor para o Governo Russo foi ver os homens-rã ocidentais, com roupas especiais e descendo em “sinos” (equipamentos de resgate), realizar a operação de descida e abertura das escotilhas em menos de um dia. A justificativa da Marinha Russa era a necessidade de se preservarem os segredos militares do submarino nuclear.

Na segunda-feira,  21 de Agosto, às 07.45 da manhã, quatro mergulhadores noruegueses da empresa Stolt Comex Seaway conseguiram abrir a primeira escotilha do submarino. Os homens-rã deparam-se com o cenário mais temido. “Todos os compartimentos estão inundados e nenhum membro da tripulação sobreviveu”, declarou o vice-almirante russo Mikhail Motsak.

A hipótese mais coerente para justificar o acidente é a de que no lançamento de um torpedo este tenha explodido, atingindo ainda outros compartimentos do navio. 



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