Desde os tempos mais remotos que os homens do mar se guiam,
no seu regresso a terra, utilizando fogueiras ou grandes luzes de azeite (de
oliveira ou de baleia).
As fontes de alimentação da luz foram melhorando, tendo sido
o azeite substituído pelo petróleo e pelo gás, e posteriormente pela eletricidade.
Paralelamente, foram inventados vários aparelhos ópticos, que conjugavam
espelhos, refletores e lentes, montados em mecanismos de rotação, não só para
melhorar o alcance da luz, como para proporcionar os períodos de luz e
obscuridade, que permitiam distinguir um farol de outro.
O primeiro farol de que se tem registro é o farol de
Alexandria, construído em 280 a.C. na ilha de Faros[i].
Os romanos também construíram diversos faróis ao longo do Mar Mediterrâneo, Mar
Negro e até o Oceano Atlântico. Mas, com a derrocada do Império Romano do
Ocidente, o comércio marítimo diminuiu e os faróis romanos desapareceram.
Somente no século XI os faróis passariam a renascer na Europa Ocidental e, com
a expansão marítima das grandes navegações, para o novo mundo. Um dos faróis
dessa nova era dos faróis era a Lanterna de Gênova, cujo faroleiro era António
Colombo, supostamente tio do navegador Cristóvão Colombo, por volta de 1450.
Como bem sabemos, Velejadores Portugueses, lideraram a Idade
das Descobertas, e navios Portugueses, encontraram o seu caminho de regresso a
casa a partir dos longínquos cantos do mundo desde há cerca de 600 anos. Não
surpreende que os faróis tenham desempenhado um papel importante na cultura naval
Portuguesa, e que sejam hoje monumentos nacionais muito visitados.
Desde 1892 que está atribuída à Marinha Portuguesa a
responsabilidade pela manutenção da rede de faróis na costa de Portugal.
A Direcção de Faróis (DF) foi criada em 1924. É o organismo
da Direcção Geral da Autoridade Marítima (DGAM)
que tem por missão a direcção técnica das ajudas à navegação, coordenando o
estudo, instalação, manutenção e extinção das mesmas a nível nacional.
Também, por protocolo estabelecido no âmbito da Cooperação Técnico
Militar entre Portugal e São Tomé e Príncipe, compre à DF o;
1.
Apoio técnico ao Serviço de Apoio à Navegação de São Tomé e
Príncipe.
2.
Acompanhamento técnico dos trabalhos de Manutenção
Preventiva Anual da Rede de Assinalamento Marítimo, a desenvolver pela parte
Santomense.
3.
Apoio técnico à realização de reparações pontuais de
reconhecida dificuldade, sob o ponto de vista da execução técnica, na Rede de
Assinalamento Marítimo
4.
Apoio em material e equipamento necessário à Manutenção da
Rede de Assinalamento, de acordo com as disponibilidades da parte Portuguesa.
[i] Farol de Alexandria foi um farol construído pelo Reino
Ptolomaico entre 280 e 247 a.C. na cidade de Alexandria. Ele tinha entre 120 e
137 metros de altura e era uma das sete maravilhas do mundo antigo, sendo que
por muitos séculos foi uma das estruturas mais altas no mundo
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