A presença dos Portugueses em
Arzila, cidade marroquina da costa atlântica, ainda hoje apresenta vários
vestígios após a ocupação pelas tropas de Dom Afonso V em 1471.
A conquista de Arzila
enquadrou-se na política de expansão ultramarina portuguesa e ocorreu na
segunda metade do século XV, após o desastre da operação em Tânger, onde muitos
portugueses – entre os quais o infante Dom Fernando – foram feitos
prisioneiros.
Julgava-se que a tomada de praças
em Marrocos apresentaria uma mais-valia fundamental à progressão marítima e, no
caso de Arzila, a tarefa estava facilitada porque existia um conflito entre os muçulmanos
que se combatiam entre si. Mesmo assim o combate não foi fácil e causou várias vítimas.
Situada na costa norte de
Marrocos, a cidade foi uma possessão dos portugueses entre 1471 e 1550 e,
mais tarde, entre 1577 e 1589.
Para povoar / colonizar Arzila, a
coroa portuguesa enviou diversas famílias judias espanholas, estabelecendo-se
um acordo de paz com os mouros das redondezas pelo período de vinte anos.
Apesar de escassos, ainda existem hoje alguns vestígios da presença portuguesa,
entre os quais a torre de menagem da fortaleza, cuja recuperação foi apoiada pela
Fundação Calouste Gulbenkian.
Afonso V (1432 – 1481), apelidado
de "o Africano" pelas suas conquistas em África, foi o Rei de
Portugal e dos Algarves de 1438 até sua morte. Era o filho mais velho do rei
Duarte I e sua esposa Leonor de Aragão, Casou em 1445 com sua prima Dona
Isabel.
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