A cidade portuária de Malaca controlava o estratégico
estreito de Malaca, por onde todo o comércio de alto-mar entre a China e a
Índia estava concentrado. A captura de Malaca resultou de um plano do rei de Dom
Manuel I, que em 1505 havia resolvido impedir o comércio muçulmano no Oceano
Índico, através da captura de Aden, a fim de bloquear o comércio através de
Alexandria, a captura de Ormuz, a fim de bloquear o comércio através de
Beirute, e Malaca para controlar o comércio com a China.
Em Fevereiro de 1511 chegou através de um mercador
hindu chamado Nina Chatu uma carta de Rui de Araújo, um dos prisioneiros
portugueses em Malaca, instando a avançar e dando pormenores sobre os
procedimentos.
Albuquerque mostrou-a a Diogo Mendes de Vasconcelos,
como argumento para avançar numa frota conjunta. Em Abril de 1511, após
fortificar Goa, reuniu uma força de cerca de 900 portugueses e 200 mercenários
hindus, e cerca de dezoito navios.
Contrariando as ordens do reino e sob os protestos de
Diogo Mendes de Vasconcelos, que reclamava para si o comando da expedição,
zarpou de Goa preparado para a conquista e instado a libertar os portugueses.
Sob as suas ordens estava Fernão de Magalhães, que participara na embaixada
falhada de Diogo Lopes de Sequeira em 1509.
Malaca, era a cidade mais rica que os portugueses
tentavam tomar, ponto mais importante a leste da rede onde se encontravam
mercadores malaios, guzerates, chineses, japoneses, javaneses, bengaleses,
persas e árabes, entre outros, num comércio descrito por Tomé Pires como senso
de valores inestimáveis.
Defendida por um poderoso exército de mercenários e
artilharia, estimado em 20.000 homens e mais de 2000 peças. Em 24 de Agosto os
portugueses atacaram pela segunda vez, mas o sultão e os seus aliados guzerates
haviam partido. Sob ordens firmes procedem ao saque da cidade, respeitando as
bandeiras, no que seria mesmo assim um saque fabuloso.
Albuquerque permaneceu na cidade, construindo de
imediato uma fortaleza, preparando as defesas contra um eventual contra-ataque.
Em Malaca
Albuquerque estabeleceu a administração portuguesa, nomeando Rui de Araújo
feitor e designando Nina Chatu para substituir o anterior bendahara,
como representante da população "kafir" e conselheiro. Além de
auxiliar na governação da cidade e cunhagem de moeda, este forneceu também os
juncos onde seguiram diversas missões diplomáticas. Simultaneamente, prendeu e
executou impiedosamente o poderoso mercador javanês Utimuta Raja, a quem fora
dado o cargo de representante da população javanesa, mas que manteve contactos
com a família real no exílio.
Fonte: Wikipédia, a
enciclopédia livre.
"A Famosa"
porta da fortaleza de Malaca mandada construir por Afonso de Albuquerque após a
conquista.
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